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Muitas Mulheres Continuam Fumando e Bebendo na Gravidez

Por Suzanne Rostler

NOVA YORK (Reuters Health) - Muitas mulheres que consomem bebidas alcóolicas e fumam cigarros largam seus vícios durante a gravidez. Mas um número significativo ainda arrisca sua própria saúde e a saúde de seus filhos ao não deixar de beber e a fumar, afirmam pesquisadores norte-americanos.

As descobertas, publicadas na edição de novembro de Obstetrics and Gynecology, destacam a necessidade de esforços para prevenir que mulheres comecem a fumar a consumir álcool.

O fumo e o consumo de bebidas alcóolicas durante a gestação pode causar parto prematuro e aborto espontâneo, disse Shahul H. Ebrahim, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), em Atlanta, Geórgia, à Reuters Health.

Esses vícios também podem fazer com que a criança tenha baixo peso ao nascimento, levar a problemas de desenvolvimento e comportamento e retardo de crescimento, aumentar a suscetibilidade do recém-nascido a infecções e causar síndrome alcóolica fetal.

Ebrahim afirmou que o conhecimento dos riscos não implica, necessariamente, em uma mudança de comportamento. O aconselhamento e drogas antitabaco podem ajudar mulheres que estão grávidas a parar de fumar e médicos que cuidam de mulheres devem pesquisar a dependência de substâncias.

Ebrahim acrescentou que mulheres que não conseguem largar o cigarro ou a bebida devem ser aconselhadas sobre formas para adiar a gravidez através de contracepção.

"A prevenção fundamental do abuso de tabaco e álcool durante a gestação só pode ser alcançada através da redução do uso por pessoas jovens", disse Ebrahim.

"(O uso) de álcool e tabaco não só afeta a gravidez, mas a saúde da mulher, incluindo sua capacidade de conceber e (a saúde) da criança que vive dentro dela."

A pesquisa de 11 anos realizada nos EUA com mulheres entre 18 e 44 anos descobriu que cerca de uma em sete mulheres em idade fértil que não estavam grávidas disse que usou álcool ou tabaco. A maioria -- cerca de 80 por cento -- largou ambos quando soube que estava grávida.

Ebrahim e sua equipe afirmam, no entanto, que "como mais da metade das mulheres não sabe que está grávida até depois da quarta semana de gestação, o potencial de expor um feto ao álcool ou ao tabaco sem saber é alto".

Entre 1987 e 1990, a taxa de gestantes que faziam uso de álcool e tabaco diminuiu de 5,4 por cento para 3 por cento.

Durante o mesmo período, a taxa de uso de álcool e tabaco entre mulheres que não estavam grávidas também caiu, mas desde 1990, as taxas de uso de álcool e tabaco entre mulheres em idade fértil permaneceu regularmente estável.

Sinopse preparada por Reuters Health

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