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Algumas substâncias podem tirar eficácia de filtros solares

19 de novembro de 2021 (Bibliomed). A segurança e eficácia dos filtros solares são geralmente avaliadas com base nas propriedades dos produtos químicos individuais presentes em sua formulação. No entanto, a fotoestabilidade dos filtros solares mostrou ser altamente dependente da mistura de produtos químicos presentes.

E os protetores solares contendo compostos inorgânicos como óxido de zinco ou dióxido de titânio, que bloqueiam os raios ultravioleta, estão sendo comercializados cada vez mais pesadamente como alternativas seguras aos compostos orgânicos de pequenas moléculas que absorvem os raios.

Para entender melhor como a formulação do filtro solar influencia a estabilidade e estabelecer uma base para sondar a influência dos aditivos de óxido de zinco, pesquisadores formularam cinco diferentes misturas de filtro ultravioleta com base em pequenas moléculas (filtro UV) com um Fator de Proteção Solar (FPS) de 15. Essas misturas continham ingredientes ativos aprovados nos Estados Unidos ou na União Europeia e foram projetadas para representar formulações de produtos existentes no mercado.

Foi avaliada a fotoestabilidade e a toxicidade dessas misturas na ausência e na presença de óxido de zinco após exposição aos raios ultravioleta por duas horas. As mudanças na absorbância de UV foram mínimas para todas as cinco misturas baseadas em pequenas moléculas sem óxido de zinco.

O estudo verificou que a presença de óxido de zinco de tamanho micro ou nano causou fotodegradação de molécula pequena significativa e as misturas degradadas exibiram níveis mais elevados de toxicidade em ensaios de peixe-zebra embrionário.

Este estudo sugere que se deve ter cuidado ao formular filtros solares contendo óxido de zinco e filtros UV de pequenas moléculas para evitar consequências indesejadas durante o uso.

Fonte: Photochemical & Photobiological Sciences. DOI: 10.1007/s43630-021-00101-2.