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12 de novembro de 2021 (Bibliomed). Nos Estados Unidos, trinta e seis estados legalizaram a maconha medicinal e 18 estados aprovaram leis sobre a maconha recreativa (RMLs). Organizações como a Academia Americana de Pediatria temem que a legalização incentive o uso de maconha pelos jovens. O uso de maconha durante a adolescência pode afetar adversamente áreas do córtex pré-frontal, que controlam processos cognitivos importantes.
Usando dados da Pesquisa de Comportamento de Risco Juvenil (YRBS) para o período de 1993-2017, pesquisadores verificaram que a adoção do uso da maconha recreativa estava associada a uma redução de 8% nas chances de uso de maconha entre estudantes do ensino médio. Esses autores, no entanto, tinham dados de pré e pós-legalização de apenas 7 estados e dados de vendas pré e pós-recreativas de apenas 3 estados, questionando a generalização de seus resultados.
Um novo estudo atualizou a avaliação feita anteriormente: com base nos dados YRBS agrupados e nos modelos totalmente ajustados, a adoção de maconha recreativa não foi associada ao uso atual de maconha (OR, 1,00; IC de 95%, 0,92-1,10) ou uso frequente de maconha (OR, 0,98; IC de 95%, 0,90 -1,07). Nos modelos totalmente ajustados, a adoção da lei da maconha medicinal (MML) foi associada a uma redução de 6% (OR, 0,94; IC 95%, 0,89-0,98) nas chances de uso atual de maconha e uma redução de 7% (OR, 0,93; IC de 95%, 0,87-0,99) nas chances de uso frequente de maconha.
Consistente com estimativas de estudos anteriores, houve pouca evidência de que a liberação do uso da maconha medicinal ou reativa encorajam o uso de maconha pelos jovens. Ao contrário dos resultados do estudo anterior, a associação geral entre a adoção de RML e o uso de maconha entre adolescentes foi estatisticamente indistinguível de zero.
Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2021.24638.
Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.
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