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Pré-Eclâmpsia é Associada a Bebês com Baixo Peso

NOVA YORK (Reuters Health) - As mulheres cujos recém-nascidos têm baixo peso são propensas a ter pré-eclâmpsia em gestações posteriores.

A pré-eclâmpsia pode ocorrer na gravidez em estágio avançado, caracterizando-se por pressão alta, inchaço e presença de proteína na urina. Se não for tratada, pode progredir para eclâmpsia, uma complicação séria que pode resultar em convulsões e até coma na mãe.

A equipe de Svein Rasmussen, do Hospital da Universidade de Haukeland, na Noruega, verificou que o baixo peso do recém-nascido na primeira gestação foi associado a "10 por cento do total de casos de pré-eclâmpsia na segunda gestação e 30 por cento dos casos recorrentes de eclâmpsia".

O trabalho foi publicado na edição de novembro do Obstetrics and Gynecology.

O baixo peso ao nascer é medido de várias maneiras, disse Rasmussen à Reuters Health. Uma definição é o peso abaixo do décimo percentil considerado normal para o sexo e tempo de gestação. Especificamente, uma criança cujo peso ao nascer está abaixo do décimo percentil "está entre os 10 por cento mais leves naquele grupo de gênero e de idade", explicou o pesquisador.

No estudo, as mulheres cujos filhos estavam abaixo do terceiro percentil de peso ao nascer foram quase três vezes mais propensas a ter desenvolvimento inicial e recorrente de pré-eclâmpsia que as que tiveram filhos com peso, no mínimo, no décimo percentil.

As mulheres que não tiveram pré-eclâmpsia na primeira gravidez mas cujo filho recém-nascido tinha peso abaixo do segundo percentil foram 3,1 vezes mais propensas a apresentar o problema na segunda gravidez que as que tiveram filhos cujo peso estava entre o 90 e 96,9 percentil.

Conforme Rasmussen, "mesmo que não exista tratamento efetivo, uma vigilância estrita durante a gravidez previne e trata sérias conseqüências da pré-eclâmpsia na maioria dos casos".

"Um objetivo importante do pré-natal é descobrir a época ideal do parto para induzir o trabalho de parto ou a cesariana se necessário", explicou o pesquisador. "Em casos menos sérios as mulheres podem simplesmente ser observadas de perto e ter a criança no tempo certo", disse o especialista.

Sinopse preparada por Reuters Health

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