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Mesmo em pessoas com alergia grave, vacina para COVID-19 é segura

20 de setembro de 2021 (Bibliomed). As reações alérgicas à vacina COVID-19 são raras, mesmo entre aquelas pessoas com um histórico de complicações em resposta a inoculações, medicamentos e outros irritantes, descobriu um estudo do Hospital Tel-Hashomer, em Israel. Ainda assim, precauções especiais devem ser tomadas para vacinar com segurança aqueles com alto risco de reações alérgicas, disseram os pesquisadores.

Entre os mais de 400 participantes descritos como "altamente alérgicos", 98% não tiveram nenhuma reação "imediata" após o recebimento da vacina Pfizer-BioNTech. Seis (menos de 2%) dos participantes do estudo tiveram "pequenas respostas alérgicas", enquanto três (menos de 1%) experimentaram anafilaxia.

Nesse estudo, os pesquisadores israelenses administraram a vacina Pfizer-BioNTech, a predominante usada no país, a 429 adultos com histórico de alergias. Entre os participantes do estudo, 68 (16%) tinham alergia alimentar e 141 (33%) tinham alergia a vários medicamentos. Além disso, por causa de suas alergias, 95 (22%) dos participantes usavam rotineiramente uma seringa de adrenalina para uso como um tratamento de emergência para anafilaxia.

Para garantir que a vacina COVID-19 foi administrada com segurança a esses participantes, os pesquisadores estabeleceram um protocolo que identificou os pacientes em risco e os educou sobre os riscos potenciais associados à inoculação. A abordagem exigiu um período de observação de duas horas após o recebimento da primeira e da segunda dose da vacina.

Durante o período de observação de duas horas após a primeira dose, nove mulheres tiveram reações alérgicas, com reações alérgicas leves e imediatas, como erupção na pele, inchaço da língua ou úvula ou tosse ocorrendo em seis. Todas essas reações se resolveram após o tratamento com anti-histamínicos.

Os três pacientes que desenvolveram anafilaxia o fizeram dentro de 10 a 20 minutos após receberem suas vacinas e foram tratados com adrenalina, anti-histamínicos e um broncodilatador inalado, ou um "inalador de resgate", para relaxar os músculos ao redor das vias aéreas, que podem apertar durante a reação. Nenhum dos participantes necessitou de cuidados hospitalares e todos se recuperaram totalmente com duas a seis horas.

Entre os 218 participantes que receberam a segunda dose da vacina, quatro desenvolveram reações alérgicas leves que se resolveram durante o período de observação de duas horas. Três dos quatro também experimentaram reações após a primeira dose.

O risco de reações alérgicas graves, incluindo anafilaxia, com as vacinas COVID-19 atualmente disponíveis da Johnson & Johnson, Moderna e Pfizer-BioNTech é "muito baixo", de acordo com uma pesquisa publicada no início deste ano. Nos dados divulgados no início do lançamento da vacina, apenas 29 dos 4,8 milhões de vacinados desenvolveram uma reação alérgica grave às injeções, relataram os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos.

Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2021.22255.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.

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