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Terapia Genética Pode Prevenir Complicação de Aneurisma

NOVA YORK (Reuters Health) - Uma terapia genética experimental parece ser promissora na prevenção de uma complicação potencialmente fatal que normalmente ocorre após o rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro, sugere uma nova pesquisa.

A hemorragia subaracnóide é um tipo de derrame que ocorre quando um aneurisma cerebral -- uma dilatação em um vaso sanguíneo -- se rompe. Normalmente, para tratar o derrame, um cirurgião corta e remove o aneurisma.

Em cerca de 30 a 40 por cento dos casos, no entanto, os pacientes desenvolvem uma constrição das artérias cerebrais, o que pode causar outro derrame mais tarde.

Pesquisas anteriores demonstram que uma molécula chamada peptídeo relacionado ao gene da calcitonina (CGRP) pode neutralizar a constrição dos vasos sanguíneos que ocorre durante a hemorragia subaracnóide.

Partindo dessa idéia, uma equipe de pesquisadores liderada por Donald D. Heistad, da Universidade de Iowa, na cidade de Iowa, desenvolveu um estudo da substância em coelhos.

Os cientistas afirmam, na edição de 27 de outubro de Circulation Research: Journal of the American Heart Association, que a terapia parece funcionar.

De acordo com o estudo, após ratos receberem injeção contendo um vírus inofesivo contendo o gene CGRP, a constrição de vasos sanguíneos após hemorragia subaracnóide foi bloqueada. Além disso, o tratamento funcionou sem desencadear as perigosas quedas na pressão sanguínea que ocorreram em estudos anteriores em humanos com CGRP.

"Nosso principal objetivo usando esta terapia genética é conseguir administrar (CGRP) localmente no fluido cerebral ao redor do cérebro humano sem reduzir a pressão sanguínea de forma perigosa em todo o corpo", afirmou Heistad em um comunicado.

"Neurocirurgiões devem inserir o gene que codifica o peptídeo quando vão cortar o aneurisma", acrescentou o pesquisador.

De acordo com os cientistas, o tratamento pareceu reduzir o dano neurológico da hemorragia subaracnóide em coelhos.

Heistad disse que é claro que o que funciona em coelhos pode não funcionar em pessoas e que mesmo que o tratamento seja eficaz, isso pode levar cinco a dez anos para estar disponível.

O pesquisador e sua equipe concluem que, apesar dos limites de um estudo em animais, a pesquisa "fornece evidência, ou talvez prova de princípio, de que a transferência genética pode ser útil na prevenção de (constrição de vasos sanguíneos) após hemorragia subaracnóide".

Sinopse preparada por Reuters Health

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