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Dormir mal afeta desempenho escolar

28 de junho de 2021 (Bibliomed). Os alunos da primeira série que apresentam sinais de sonolência na escola não estão tão empenhados na aprendizagem e exibem problemas de comportamento em sala de aula, revelou um estudo da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos. A sonolência infantil também foi associada a um pior desempenho acadêmico entre os alunos da segunda série.

Segundo os pesquisadores, os alunos da segunda série também tendem a apresentar pior desempenho acadêmico se muitas vezes não seguem as rotinas da hora de dormir ou sofrem distúrbios respiratórios durante o sono.

De acordo com os pesquisadores, a má saúde do sono e problemas escolares relacionados afetaram desproporcionalmente crianças negras de famílias de baixo nível socioeconômico e aquelas que viviam em bairros "desinvestidos". Bairros desinvestidos são aqueles em que financiamento público e privado, serviços municipais ou outros recursos necessários foram negados ou retidos, e muitos são segregados segundo linhas raciais.

Para este estudo, os pesquisadores avaliaram 572 meninas e meninos predominantemente negros da primeira série em 10 escolas localizadas em bairros historicamente desinvestidos na cidade de Nova York. Mais da metade das crianças no estudo veio de famílias de imigrantes.

As crianças no estudo - todas com cerca de 6 ou 7 anos de idade - foram avaliadas quanto à saúde do sono, comportamento em sala de aula e desempenho acadêmico. Para a saúde do sono, os pais foram solicitados a preencher um questionário elaborado para avaliar a resistência do filho na hora de dormir, a duração do sono e quaisquer problemas de sono. Os professores da criança foram então solicitados a relatar qualquer sonolência diurna.

Os pesquisadores usaram um sistema de codificação para avaliar os comportamentos em sala de aula das crianças participantes, incluindo sinais de que elas estavam "ativamente engajadas na aprendizagem", como ouvir, acenar com a cabeça, sentar-se e trabalhar em uma tarefa atribuída. Eles também procuraram comportamentos problemáticos, incluindo problemas emocionais.

Uma avaliação padronizada de desempenho acadêmico foi administrada por assistentes de pesquisa treinados para avaliar a habilidade de leitura, matemática e escrita das crianças participantes assim que chegassem à segunda série.

Mais sonolência infantil relatada pelo professor foi associada a menos envolvimento ativo na aprendizagem em sala de aula e mais problemas de comportamento em sala de aula na primeira série. Maior sonolência infantil relatada pelo professor e aumento dos problemas de sono relatados pelos pais foram associados ao desempenho acadêmico na segunda série.

Fonte: Child Development. DOI: 10.1111/cdev.13590.