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Alimentos processados podem promover infecções crônicas e doenças

16 de junho de 2021 (Bibliomed). O trato intestinal é densamente colonizado por um grupo diverso de microrganismos chamados coletivamente de microbiota intestinal. Um dos principais benefícios da microbiota intestinal é proteger seu hospedeiro da infecção por patógenos bacterianos. Essa proteção é mediada pela capacidade da microbiota de impedir diretamente a colonização de patógenos por meio da ocupação de nicho, produção de bacteriocinas e consumo de nutrientes essenciais, todos chamados coletivamente de resistência à colonização. Além disso, a microbiota impulsiona o desenvolvimento e regula o tônus do sistema imunológico da mucosa, que é fundamental para a sobrevivência em resposta ao desafio de muitos patógenos bacterianos.

A dieta de estilo ocidental, que contém grandes quantidades de alimentos processados, carne vermelha, laticínios com alto teor de gordura, alimentos com alto teor de açúcar e alimentos pré-embalados, carece de fibras, que são necessárias para sustentar a microbiota intestinal. Acredita-se que as mudanças nos hábitos alimentares, especialmente a falta de fibras, tenham contribuído para o aumento da prevalência de doenças inflamatórias crônicas, como doença inflamatória intestinal, síndrome metabólica e câncer.

Em um novo estudo, pesquisadores descobriram que a troca da dieta de camundongos de uma ração normal para roedores à base de grãos por uma dieta de estilo ocidental com alto teor de gordura e baixo teor de fibras, resultou em uma rápida redução no número de bactérias intestinais. Os camundongos alimentados com a dieta de estilo ocidental frequentemente eram incapazes de eliminar o patógeno Citrobacter rodentium do cólon. Eles também eram propensos a desenvolver infecção crônica quando desafiados por esse patógeno.

Os pesquisadores concluíram que a dieta de estilo ocidental reduz o número de bactérias intestinais e promove a invasão da microbiota no intestino, influenciando potencialmente a prontidão do sistema imunológico e a defesa do corpo contra bactérias patogênicas.

Fonte: PLOS Pathogens. DOI: 10.1371/journal.ppat.1009497.