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Câncer de Pele Aumenta por Causa de Camada de Ozônio

Incidência tem aumentado muito no sul do País, região que concentra 75% dos novos casos da doença.

O buraco na camada de ozônio começa a afetar o dia a dia da população do Sul do País. Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia, regional Santa Catarina, Nilton Nasser, dos 100 mil novos casos de câncer de pele que devem surgir este ano no Brasil, 75% vão ocorrer nos três estados do Sul – Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

O culpado para números tão elevados está no céu. Nunca a camada de ozônio que protege a Terra dos raios ultra-violetas do Sol esteve tão fina. Pela primeira vez, o buraco na camada de ozônio avançou para uma região habitada, a cidade de Punta Arenas, no sul do Chile.

No Brasil, o problema, apesar de não tão grave, já assusta. Os números comprovam. Na Antártica, aonde o buraco de ozônio é maior, a Unidade Dodson (UD) que mede a espessura da camada de ozônio está em 180 UD, quando o ideal seria 400.

Em Porto Alegre está em 284 UD e em Blumenau 269, quando deveria estar em 360. Isto significa que a camada de ozônio está "afinando" no Sul do Brasil.

Por sorte, a camada de ozônio sempre se expande mais durante o inverno, e retrai durante o verão, mas, mesmo assim, os especialistas avisam que os cuidados na hora de se expor ao Sol devem ser redobrados.

Nasser informa que nos últimos 20 anos, 7,5 mil casos de câncer de pele foram registrados somente em Blumenau, cidade de origem alemã e, portanto, de pessoas com pele muito clara.

O município ocupa o primeiro lugar no Brasil em incidência de casos registrados e é o terceiro no mundo em melanoma maligno (tumor agressivo de pele). De acordo com Nasser, em cidades como Itajaí ou Florianópolis onde há uma mistura maior de raças, a incidência do câncer é menor.

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