Notícias de saúde

Sedentarismo está relacionado a 8% das mortes globais

19 de maio de 2021 (Bibliomed). Comportamento sedentário agora é responsável por até 8% das doenças não transmissíveis e mortes em todo o mundo, mostra um estudo do Pennington Biomedical Research, nos Estados Unidos.

A inatividade física é um fator de risco conhecido para morte prematura e várias doenças não transmissíveis, incluindo doenças cardíacas, derrame, hipertensão, diabetes tipo 2 e vários tipos de câncer.

Para o estudo, os pesquisadores analisaram dados de 2016 de 168 países. Eles descobriram que as proporções de doenças não transmissíveis atribuíveis à inatividade física variaram de quase 2% para pressão alta a mais de 8% para demência.

A inatividade física foi definida como menos de 150 minutos de atividade física de intensidade moderada ou 75 minutos de atividade física de intensidade vigorosa por semana.

As pessoas nas nações ricas correm um risco mais de duas vezes maior dessas doenças relacionadas à inatividade física do que as pessoas nas nações pobres. Em 2016, os níveis de inatividade física em países ricos foram estimados em mais do que o dobro daqueles em países de baixa renda. No entanto, os países de renda média têm o maior número de pessoas em risco de inatividade por causa de suas populações maiores. Isso significa que eles respondem por 69% de todas as mortes e 74% das mortes por doenças cardíacas associadas à inatividade física em todo o mundo. Na verdade, 80% das mortes por doenças não transmissíveis ocorrem em países de baixa e média renda.

O fardo das mortes associadas à inatividade física é maior nos países da América Latina e do Caribe e nos países de alta renda do Ocidente e da Ásia-Pacífico. As taxas mais baixas estão em países da África Subsaariana, Oceania e Leste e Sudeste da Ásia.

Os pesquisadores ressaltam que este é um estudo observacional, portanto, não pode estabelecer causa e efeito. No entanto, a carga de saúde pública associada à inatividade física é realmente uma questão global que exigirá colaboração internacional para mobilizar mudanças e alcançar esses objetivos de saúde pública.

Fonte: British Journal of Sports Medicine. DOI: 10.1136/bjsports-2020-103640.