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Virgem de novo? Conheça nova técnica de reconstrução do hímen

21 de abril de 2021 (Bibliomed). O hímen tem um papel mais sociológico do que funcional. A virgindade é uma expectativa social em algumas culturas, como as populações muçulmana, católica, indiana e chinesa. As preocupações éticas em torno da himenoplastia baseiam-se no "valor da castidade", onde a integridade do himenal é tradicionalmente associada à pureza sexual e o sangramento durante o primeiro coito conjugal é uma expectativa para as mulheres jovens. Relações sexuais voluntárias ou involuntárias, trauma na região genital ou inserção de dispositivos na vagina durante a masturbação pode resultar na perfuração do hímen. O arrependimento pode impelir a algumas mulheres a buscarem o reparo himenal, o que também pode ser denominado de “revirginação”.

Ao mesmo tempo, a demanda por cirurgia estética da genitália externa feminina está aumentando a cada dia. A himenoplastia é diferente de outras cirurgias ginecológicas, com as suas controversas questões éticas e psicológicas. Esta é uma cirurgia realizada para estreitar a abertura vaginal. Os objetivos são a reconstrução das carúnculas himenais que foram perfuradas, fazendo com que o hímen seja reconstruído à sua posição virgem original, e também para garantir o sangramento com a penetração sexual. O sucesso das operações de reconstrução do híme (ou revirginação) depende de 2 fatores: sangramento no casamento como se fosse a primeira relação sexual, e a criação de uma aparência de estrutura intacta.

Em um recente estudo, cirurgiões da Turquia descreveram e relataram os resultados de uma nova técnica de reconstrução himenal com técnica de “aperto” vestíbulo-introital (VITT), que pode ser realizada facilmente sob anestesia local ou local + sedação, com as vantagens do tratamento ambulatorial e altas taxas de sucesso. No estudo, publicado na revista médica Aesthetic Surgery Journal, foram incluídas 134 pacientes, com idade média de 25,5 anos. Os procedimentos em sua grande maioria foram realizados com anestesia local apenas, sendo que uma sedação complementar só foi necessária em 6,9% das pacientes. O tempo de cirurgia médio foi de apenas 20 minutos.

Segundo os autores, nessa sua nova técnica, a aproximação da área do vestíbulo vaginal que é realizada aumenta a possibilidade de sangramento durante a primeira relação sexual pós-procedimento, e que seria o desejo de muitas das pacientes que procuraram para a realização do procedimento. Além disso, a fixação das bordas do hímen, feita nesta técnica, é facilmente realizada pelo aperto do vestíbulo e do canal vaginal.

Fonte: Aesthetic Surgery Journal. DOI: 10.1093/asj/sjaa077.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.

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