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Vacina Pfizer-BioNTech é poderosamente protetora em adolescentes

31 de março de 2021 (Bibliomed). Ensaio clínico realizado com adolescentes de 12 a 15 anos mostrou que a vacina Pfizer-BioNTech é considerada poderosamente protetora em adolescentes. Em anúncio feito nesta quarta-feira (31/03), as empresas informaram que nenhuma infecção foi encontrada entre as crianças que participaram do estudo e receberam a vacina. Além disso, elas produziram fortes respostas de anticorpos e não experimentaram efeitos colaterais graves.

As empresas anunciaram os resultados em um comunicado à imprensa que não incluiu dados detalhados do ensaio, que ainda não foi revisado por pares nem publicado em um jornal científico. Ainda assim, a notícia atraiu elogios e entusiasmo de especialistas.

Para as autoridades norte-americanas, caso esses resultados persistam, é provável que a vacinação de jovens dos ensinos fundamental e médio comecem no início do próximo ano acadêmico (que ocorre em setembro, nos Estados Unidos), e para as crianças das menores não muito depois.

Dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA mostram que, até ontem (30/03), 29% dos adultos do país receberam pelo menos uma dose da vacina contra o novo coronavírus e 16% já completaram o ciclo de imunização. Contudo, as autoridades de saúde ressaltam que o país não pode esperar para esperar alcançar a imunidade coletiva - o ponto em que a imunidade se torna tão disseminada que o coronavírus retarda seu rastreamento pela população - sem também inocular os americanos mais jovens, uma vez de 23% da população do país tem menos de 18 anos.

O estudo incluiu 2.260 adolescentes com idades entre 12 e 15 anos. As crianças receberam duas doses da vacina com três semanas de intervalo, as mesmas quantidades e esquema usado para adultos, ou um placebo de água salgada. Os pesquisadores registraram 18 casos de infecção por coronavírus no grupo do placebo, e nenhum entre as crianças que receberam a vacina.

Os adolescentes que receberam a vacina produziram níveis muito mais altos de anticorpos, em média, em comparação com participantes de 16 a 25 anos de idade em um ensaio anterior. As crianças experimentaram os mesmos efeitos colaterais menores que os participantes mais velhos, embora as empresas tenham se recusado a ser mais específicas.

Pfizer e BioNTech iniciaram um ensaio clínico da vacina no Chile com crianças com menos de 12 anos e começaram a vacinar crianças de 5 a 11 anos na semana passada. Os cientistas da empresa planejam começar a testar a vacina na próxima semana em crianças ainda mais novas, de 2 a 5 anos, seguido por testes em crianças de 6 meses a 2 anos.

Os resultados desse teste de três fases são esperados para o segundo semestre do ano, e as empresas esperam disponibilizar a vacina para crianças menores de 12 anos no início do próximo ano.

A Moderna também testa sua vacina em crianças. Os resultados de um ensaio em adolescentes de 12 a 17 anos são esperados nas próximas semanas e em crianças de 6 meses a 12 anos no segundo semestre deste ano.

A AstraZeneca começou a testar sua vacina em crianças de 6 meses ou mais no mês passado, e a Johnson & Johnson disse que vai esperar pelos resultados dos testes em crianças mais velhas antes de testar sua vacina em crianças menores de 12 anos.

Fonte: The New York Times. March 31, 2021.

Copyright © 2021 Bibliomed, Inc

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