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24 de março de 2021 (Bibliomed). Estudo da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, mostram que alguns sintomas da COVID-19, como fadiga, dificuldade para respirar e dores musculares, persistem até nove meses após a infecção, mesmo em pessoas jovens e saudáveis ??que apresentam doenças leves.
Os dados mostraram que a fadiga e a perda do paladar ou do olfato foram os sintomas persistentes mais comuns, pois cada um foi sentido por 14% dos pacientes avaliados de três a nove meses após o relato dos sintomas.
Além disso, cerca de 5% dos pacientes relataram dores de cabeça persistentes, dificuldades respiratórias ou dores musculares e corporais, e quase 14% dos pacientes apontaram três ou mais sintomas persistentes durante as visitas de acompanhamento.
Embora os pacientes que necessitaram de cuidados hospitalares para COVID-19 fossem ligeiramente mais propensos a relatar sintomas persistentes, aqueles que experimentaram doença leve também o fizeram.
Para este estudo, os pesquisadores avaliaram 177 adultos que se recuperaram do vírus após serem tratados em sua clínica entre agosto e novembro. Destes participantes do estudo, 16 necessitaram de cuidados hospitalares para COVID-19, enquanto 161 foram tratados como pacientes ambulatoriais ou foram assintomáticos durante todo o tempo.
Embora dois terços dos pacientes não apresentassem sintomas três a nove meses após a infecção, 16% relataram um ou dois sintomas persistentes e 14% relataram três ou mais. Fadiga persistente e perda do olfato foram mais comuns, mas dores musculares e corporais, febre, problemas respiratórios, tosse, dor de garganta, diarreia, suores e calafrios também foram relatados.
Mais de 30% dos pacientes no estudo disseram que os efeitos persistentes do COVID-19 ainda afetavam sua qualidade de vida meses após a infecção. Além disso, 8% dos participantes do estudo indicaram que seus sintomas persistentes afetaram pelo menos uma de suas atividades diárias.
Os pesquisadores explicam que os resultados apontam que, embora o COVID-19 possa causar doenças graves em algumas pessoas, também pode ter efeitos mais brandos, mas duradouros, em outras. Para acompanhar os efeitos a longo prazo da COVID-19 sobre a saúde, os participantes do estudo serão monitorados pelos próximos dois anos.
Já foram registrados 124.218.483 casos de COVID-19 em todo o mundo, levando 2.764.668 pessoas à morte. No Brasil, segundo contabilização do Consórcio de Imprensa, já foram registrados 12.130.079 infecções e 298.676 mortes.
Fonte: JAMA Network Open. DOI: 10.1001/jamanetworkopen.2021.0830.
Copyright © 2021 Bibliomed, Inc.
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