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Presença de palhaços em hospitais de pediatria pode ser benéfica

22 de fevereiro de 2021 (Bibliomed). Uma revisão sistemática explorou os efeitos da presença de palhaços em ambientes hospitalares pediátricos do ponto de vista do agrupamento de sintomas, buscando identificar e analisar os dados os mais atuais possíveis (até fevereiro de 2020).

Na pesquisa, 24 estudos (n=1.612) preencheram os critérios de inclusão para extração e análise de dados. A maioria dos estudos eram ensaios clínicos randomizados (n=13). A ansiedade foi o sintoma mais frequentemente analisado (n=13), seguido por dor (n=9), respostas psicológicas e emocionais e percepção de bem-estar (n=4), estresse (n=4), fadiga relacionada ao câncer (n=3) e choro (n=2). Cinco estudos usaram biomarcadores, principalmente cortisol, para avaliar o estresse ou fadiga após a visita de palhaços de hospital. A maioria dos estudos clínicos randomizados (n=11; 85%) foi classificada como mostrando algumas preocupações, e dois estudos foram classificados com alto risco de viés. A maioria dos estudos controlados não randomizados (n=6; 55%) foi classificada com um risco moderado de viés. Estudos mostraram que crianças e adolescentes que estavam na presença de palhaços de hospital, com ou sem a presença dos pais, relataram significativamente menos ansiedade durante uma série de procedimentos médicos, bem como melhor ajuste psicológico (P <0,05). Três estudos que avaliaram condições crônicas apresentaram resultados favoráveis ??à intervenção de palhaços hospitalares com redução significativa do estresse, fadiga, dor e angústia (P <0,05).

Esses achados sugerem que a presença de palhaços no hospital durante procedimentos médicos, indução da anestesia na sala pré-operatória e como parte dos cuidados de rotina para doenças crônicas pode ser uma estratégia benéfica para o manejo de alguns agrupamentos de sintomas. Além disso, os palhaços do hospital podem ajudar a melhorar o bem-estar psicológico em crianças e adolescentes internados com distúrbios agudos e crônicos, em comparação com aqueles que receberam apenas cuidados padrão.

Fonte: BMJ 2020;371:m4290.