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Disseminação do coronavírus é explosiva dentro das famílias

04 de novembro de 2020 (Bibliomed). A COVID-19 pode se espalhar por uma família de modo explosivo, frequentemente infectando outras pessoas em uma casa poucos dias depois de alguém levar o trazer o coronavírus para dentro de casa. Mais da metade das pessoas em domicílios com pacientes COVID-19 acabaram contraindo o vírus, geralmente dentro de cinco dias após o primeiro paciente desenvolver os sintomas, de acordo com as conclusões de um novo estudo publicado na revista eletrônica Morbidity and Mortality Weekly Report, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA.

O estudo acompanhou 101 pessoas com diagnóstico inicial de COVID-19 nas cidades de Nashville, no Tennesse, e Marshfield, no Wisconsin, entre abril e setembro de 2020. Esses pacientes iniciais viviam com um total de 191 outras pessoas em suas famílias, e os pesquisadores coletaram amostras dos outros na casa para rastrear a infecciosidade do coronavírus COVID-19. Desses 191 contatos domésticos secundários, 102 testaram positivo para o coronavírus - cerca de 53%, disseram os pesquisadores.

Três em cada quatro (75%) dessas infecções secundárias ocorreram dentro de cinco dias após a primeira pessoa adoecer. Durante sete dias de acompanhamento, dois terços (67%) dos membros da família infectados relataram sintomas de COVID-19.

A idade do primeiro paciente não pareceu fazer muita diferença na rapidez com que o COVID-19 se espalhou por uma casa, descobriram os pesquisadores. Dos pacientes iniciais, 14 tinham 17 anos ou menos, 65 tinham entre 19 e 40 anos e 22 tinham 50 anos ou mais.

Cerca de 70% dos pacientes iniciais do COVID-19 relataram passar mais de quatro horas na mesma sala com um ou mais membros da família no dia antes de adoecerem, e 40% disseram que passaram o mesmo tempo na mesma sala com outras pessoas, mesmo depois desenvolver sintomas. Da mesma forma, 40% dos primeiros pacientes disseram que dormiam no mesmo quarto com pelo menos uma pessoa antes de desenvolver COVID-19 e 30% o fizeram depois de adoecer.

Os dados destacam o risco de transmissão assintomática de COVID-19, disseram os pesquisadores. Menos da metade dos membros da família com infecções confirmadas relataram sintomas no momento do teste positivo, e cerca de um terço não relatou sintomas durante sete dias de acompanhamento. Essas descobertas sugerem que a transmissão do SARS-CoV-2 dentro das famílias é alta, ocorre rapidamente e pode se originar tanto em crianças quanto em adultos.

Os testes rápidos de antígeno podem ajudar as famílias a rastrear a transmissão após alguém contrair COVID-19 em casa, se estiverem amplamente disponíveis.

Fonte: Morbidity and Mortality Weekly Report, October 30, 2020.