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Organização Mundial de Saúde em Ofensiva Contra Tabagismo

GENEBRA (Reuters) - A chefe da Organização Mundial da Saúde (OMC), Gro Harlem Brundtland, não deu ouvidos na sexta-feira à oferta de diálogo formulada pelas grandes companhias de tabaco do mundo, acusando-as de tentar minar os esforços da OMC de implementar a primeira aliança mundial antitabagista.

Mesmo depois de dois dias de audiências públicas sem precedentes em Genebra, onde as companhias admitiram que seus cigarros são mortíferos e pediram por cooperação da OMC, Brundtland disse que o vácuo entre sua agência e a indústria continuava imenso como antes.

"Há uma contida realidade que devemos ter em mente. O tabaco continua a ser o único produto de uso legal que mata metade de seus usuários regulares", afirmou Brundtland, médica e ex-premiê da Noruega que fez do combate ao fumo uma política prioritária.

"Muitas companhias tabagistas ressaltaram que estão redirecionando sua política de marketing. Algumas desejam um diálogo razoável", declarou Brundtland em um comunicado.

A OMC convidou as indústrias a debater as linhas de uma aliança que proibirá a propaganda de cigarro em todo o mundo, elevará impostos, cortará fornecimento, retirará máquinas de venda e traçará regras para controlar o tabagismo entre menores de idade.

"A indústria do tabaco diz-se orgulhosa por seus cigarros e preocupada com aspectos de saúde pública. É contraditório", afirmou Derek Yach, chefe da iniciativa antitabagista da OMC. "As companhias emitem mensagens confusas ao público. Mesmo conversando conosco, para elas o tabagismo continua sendo um negócio", acrescentou.

Sinopse preparada por Reuters Health

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