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Nipah: um vírus ainda mais mortal que o Ebola

30 de julho de 2019 (Bibliomed). Desde que foi descoberto em 1998, o vírus Nipah reapareceu quase todos os anos. É um vírus mais mortal que o Ebola, não há tratamento ou vacina contra ele e é uma das infecções que a Organização Mundial da Saúde (OMS) monitora de perto contra uma possível epidemia. O último surto foi confirmado na semana passada na Índia, com um homem de 23 anos infectado e pelo menos quatro outros suspeitos.

Fora dos lugares onde é endêmica, a Índia e o sudeste da Ásia, não é, no momento, motivo de preocupação. Nesta área também não é alarmante, mas mantem as autoridades de saúde em alerta: no ano passado, 17 pessoas morreram por causa deste vírus. O hospedeiro natural do vírus é um morcego que se alimenta de frutos da família Pteropodidae, mas pode atingir os seres humanos através de outros animais, como porcos, ou mesmo alimentos. Há também contágio entre as pessoas.

O Nipah é um dos vírus mais letais. Em média, 70% das pessoas infectadas morrem (no caso do Ebola é de aproximadamente 50%). E a transmissão pode acontecer de uma pessoa infectada para alguém que cuide dela. Neste momento, não transmite muito bem entre os seres humanos, mas se isso mudasse, a epidemia poderia ter um efeito devastador na vida das pessoas, na saúde pública e nas economias globais.

A OMS relata que o vírus Nipah está associado a um espectro de manifestações clínicas que vão desde um processo assintomático até uma síndrome respiratória aguda ou uma encefalite fatal. E que, na ausência de drogas para combater o vírus, o único tratamento possível é a atenção intensiva aos doentes. Por esse motivo, a mortalidade varia muito dependendo dos sistemas de saúde dos infectados: de 40% para mais de 70%.

O surgimento desse vírus não é acidental: o crescente desmatamento nas áreas onde os surtos ocorreram levou os morcegos a buscar recursos mais próximos aos humanos.

Fonte: Reporte Epidemiologico de Cordoba. Rec 2.199.

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