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Poluição do ar pode causar níveis mais baixos de “bom colesterol”

24 de maio de 2017 (Bibliomed). Os adultos expostos à poluição atmosférica relacionada com o trânsito apresentam níveis mais baixos de colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL), o chamado bom colesterol, e que “protege” o organismo contra as doenças cardiovasculares. Um nível menor do HDL colesterol poderia aumentar o risco individual para a doença cardiovascular, de acordo com um estudo epidemiológico publicado na revista Arteriosclerosis, Thrombosis and Vascular Biology.

Em 2004, a Environmental Protection Agency (Agência de Proteção Ambiental) dos E$Stados Unidos concedeu à Universidade de Washington uma subvenção de US$ 30 milhões para o Estudo Multiétnico de Estudo da Aterosclerose (MESA), que avaliou o impacto da poluição do ar sobre a aterosclerose. O estudo recrutou mais de 700 participantes do estudo original do MESA, que o National Heart, Lung, and Blood Institute iniciou em 1999. Também incluiu outros participantes de Nova York e do Sul da Califórnia. Nenhum dos participantes apresentava doença cardiovascular clínica no início do estudo.

Os pesquisadores avaliaram as concentrações a longo e curto prazo de partículas e de carbono negro, sendo ambos poluentes do ar. O carbono negro é uma medida da poluição relacionada ao tráfego.

No total, eles obtiveram dados sobre 6.654 homens e mulheres brancos, negros, hispânicos e chineses, e que tinham de 45 a 84 anos de idade. Dos pacientes, 53% eram do sexo feminino, 16% usavam drogas hipolipemiantes (para diminuir as gorduras do sangue) e 45% tinham hipertensão. O nível médio de colesterol HDL foi de 50,8 mg/dL e o número médio de partículas de HDL foi de 34,0 μmol/L.

Os pesquisadores descobriram uma associação não significativa entre maiores concentrações de partículas e menores concentrações de colesterol HDL, e uma associação significativa entre concentrações mais altas de carbono negro e níveis mais baixos de colesterol HDL. Além disso, concentrações mais altas de partículas durante um período de três meses foram associadas com menor número de partículas de HDL, e maiores concentrações anuais de carbono negro foram associadas com níveis mais baixos de colesterol HDL.

Estudos anteriores indicaram que um menor número de partículas de HDL estava associado a eventos cardiovasculares. Os pesquisadores também observaram que o colesterol HDL baixo é um fator de risco tradicional para doenças cardiovasculares.

Fonte: Arteriosclerosis, Thrombosis, and Vascular Biology. 2017;ATVBAHA.116.308193

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