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NOVA YORK (Reuters Health) - As drogas anti-retrovirais podem impedir que uma grávida portadora do HIV positivo passe o vírus para o bebê. Mas essa terapia não está ao alcance das mulheres de países em desenvolvimento devastados pela epidemia de Aids. Agora, pesquisadores descobriram que uma terapia mais simples -- e mais barata -- também pode impedir a transmissão.
Os pesquisadores testaram quatro combinações diferentes de drogas em mais de 1.400 grávidas na Tailândia e verificaram que tratamentos mais simples são eficazes para evitar a contaminação do bebê.
Esse sistema custa 174 dólares enquanto o usado nos países desenvolvidos custa cerca de 800 dólares.
O trabalho da equipe de Marc Lallemant da Escola de Saúde Pública de Harvard, de Boston (Massachusetts), foi publicado na edição de 5 de outubro do New England Journal of Medicine.
Nos Estados Unidos e em outros países desenvolvidos, as mulheres soropositivas recebem drogas anti-retrovirais durante a gravidez e o trabalho de parto. Os bebês são tratados com esses medicamentos por seis semanas. Essa estratégia reduziu a taxa de transmissão do HIV da mãe para o filho para menos de 2 por cento.
No estudo, a equipe de Lallemant verificou que esse tratamento mais simples e barato reduziu a transmissão para 6,5 por cento. As mulheres receberam AZT durante o último trimestre de gravidez e os bebês foram tratados por seis semanas.
No sistema em que os bebês foram tratados por apenas três dias a taxa de transmissão ficou abaixo de 5 por cento.
Segundo os pesquisadores, é preferível abreviar o tratamento dos bebês do que o das mães. Em um editorial que acompanha o estudo, duas médicas britânicas concordaram com a conclusão.
Quando uma mulher recebe um tratamento mais longo com AZT durante a gravidez, tratar o bebê pode não ter benefícios adicionais, segundo Catherine Peckham e Marie-Louise Newell do Institute of Child Health (Instituto de Saúde Infantil), em Londres.
As editorialistas ressaltam que essas descobertas têm pouca importância para os países desenvolvidos, onde as mulheres e bebês soropositivos são rotineiramente tratados com uma combinação de drogas.
Sinopse preparada por Reuters Health
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