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Nova vacina para o tratamento da AIDS tem resultados promissores

15 de maio de 2015 (Bibliomed). Estudos preliminares sugerem que uma vacina contra a AIDS em desenvolvimento pode atuar no sistema imunológico do corpo, aumentando a resposta aos medicamentos usados por pacientes HIV-positivos.

Os medicamentos antivirais impedem a replicação viral em curso e bloqueiam novas infecções, mas não erradicam o HIV do indivíduo infectado. O vírus se oculta em "reservatórios" dentro do corpo, tais como a medula óssea ou cérebro. O objetivo da nova abordagem seria usar a vacina para fazer desaparecer os vírus mais persistentes no corpo do que é possível obter com tratamentos antivirais atuais.

Enquanto vacinas geralmente são projetadas para prevenir uma infecção, esta nova vaciena está sendo testada em pacientes que já são HIV-positivos. A nova vacina experimental tem como alvo uma proteína chamada Tat que é produzida pelo vírus da AIDS. Sem a proteína Tat o vírus não se replica de forma eficiente. No novo estudo, os pesquisadores deram a vacina para 168 pacientes HIV-positivos três a cinco vezes por mês, durante 48 semanas. Os pesquisadores acompanharam os pacientes por até 144 semanas, ou quase três anos.

A equipe italiana que desenvolveu o estudo encontrou sinais de que a vacina bloqueia a reposição do vírus “escondido” no corpo. A vacina também prepara o sistema imunitário para combater a proteína Tat e aumenta a resposta do sistema imunitário para além do nível induzido pelos medicamentos contra a AIDS por si só. Embora os resultados tenham sido obtidos a partir de pacientes infectados, a vacina pode ser apropriada para tanto pacientes saudáveis como os infectados pelo HIV. Até agora, ela disse, a vacina parece ser bem tolerado, sem sinais de efeitos secundários significativos.

O estudo marca a segunda fase de três fases de investigação necessários antes medicamento ser aprovado para o mercado norte-americano. A vacina não pode atualmente ser prescrita. Anos de pesquisa serão necessários para confirmar se a vacina de fato funciona a longo prazo, e os pesquisadores ainda não têm o financiamento necessário para continuar e levar a vacina experimental para o mercado.

Os resultados do estudo foram publicados em 28 de abril de 2015 na revista Retrovirology.

Fonte: Retrovirology, 28 de abril de 2015

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