Folhetos de saúde

Violência contra a mulher, DSTs e contracepção de emergência

© Equipe Editorial Bibliomed

A violência sexual expõe as mulheres e meninas ao risco de contrair DSTs (doenças sexualmente transmissíveis) e de engravidar.

Qual a importância da violência contra a mulher nos nossos dias?

A violência, além de trazer inúmeros prejuízos do ponto de vista emocional e social, traz também graves problemas associados à saúde física de quem é violentada. Para as mulheres, a violência e as ameaças à violência limitam a capacidade de negociar o sexo seguro, expondo a vítima ao risco de doenças sexualmente transmissíveis.

Como a violência afeta o comportamento da vítima?

A violência determina um quadro chamado de estresse pós-traumático, e as cicatrizes da violência no psiquismo podem ser permanentes em alguns casos. Além disso, estudos mostraram que a violência sexual na infância e na adolescência pode contribuir para aumentar as chances de um comportamento sexual de risco na adolescência e vida adulta.

Porque as mulheres podem ser vítimas de violência?

Muitas questões culturais contribuem para expor as mulheres ao risco de sofrer violência. Países em que o sexo feminino não tem os mesmos direitos que o masculino expõe as mulheres a uma situação de submissão permanente. Mesmo em paises com leis igualitárias as mulheres não estão livres do risco de violência. Problemas conjugais dos mais diversos, alcoolismo do parceiro, crises financeiras mesmo problemas triviais do dia-a-dia podem expor a mulher ao risco de violência.

Outra questão importante revelada por pesquisas recentes é que a revelação do status sorológico (estar com o HIV) para o parceiro ou outras pessoas também pode aumentar o risco de sofrer violência.

Quais cuidados precisam ser tomados após a violência sexual?

Após a violência sexual a mulher (ou menina) pode contrair DSTs, como HIV/AIDS, ou engravidar. Para prevenir essas ocorrências, o Ministério da Saúde emitiu uma Norma Técnica  para orientar os serviços de saúde sobre como atender as vítimas de violência sexual. Trata-se de um conjunto de procedimentos padronizados que precisam estar disponíveis para toda e qualquer mulher vítima de abuso. Eles incluem desde testes sorológicos até procedimentos para evitar a gravidez de maneira emergencial.

E se, mesmo com esses cuidados, uma mulher vítima de violência engravidar?

Mas, se mesmo assim ocorrer a gravidez, a mulher pode recorrer a um serviço de aborto previsto em lei em hospital público. É um direito incluído no Código Penal (artigo 128) e regulamentado pelo Ministério da Saúde.

Se você foi vitima de violência ou conhece algum caso assim, não se cale: denuncie e procure ajuda. Uma postura de cumplicidade e medo é o ambiente mais favorável para que a violência se perpetue.

Fonte: Bibliomed (www.bibliomed.com.br)