Estudo realizado na Universidade de Copenhague, na Dinamarca, mostrou que o YouTube está cheio de vídeos com informações erradas sobre a febre do feno. Essa é um tipo de rinite alérgica relacionada ao pólen de algumas plantas, especialmente as gramíneas (componentes do feno – daí seu nome) e algumas árvores.
Para o estudo, os pesquisadores analisaram 86 vídeos do YouTube – incluindo 33 para o termo de pesquisa rinite alérgica; 31 para febre do feno e 22 para alergia. Os vídeos foram classificados como de conteúdo útil quando as informações eram cientificamente precisas; enganosa se tivesse pelo menos uma falsidade; ou neutro.
Cerca de 36% dos vídeos continham informações enganosas sobre febre do feno e 43% sobre rinite alérgica apresentavam informações úteis. Ao todo, 17,5% dos vídeos foram enviados por um especialista, médico ou profissional de saúde, e 39,5% foram enviados de um programa de TV ou canal do YouTube.
Para os pesquisadores, os pesquisadores do YouTube podem ser incapazes de distinguir informações cientificamente baseadas em desinformação. Isso é significativo, porque 7 em cada 10 pacientes com uma doença crônica são influenciados pelas informações que obtêm online e um quarto dos usuários da internet assistiu a um vídeo online sobre um problema de saúde ou médico.
Fonte: Annals of Allergy, Asthma and Immunology. DOI: 10.1016/j.anai.2022.06.031.
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