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Hérnia umbilical é aquela que se protrunde na região umbilical, através do anel umbilical.
A hérnia umbilical congênita, ou onfalocele, é uma falha no retorno de parte do intestino médio, do celoma extra-embrionário, para o interior da cavidade abdominal, durante a vida fetal.
A hérnia umbilical adquirida da criança é uma hérnia que ocorre na infância, em conseqüência da fraqueza na cicatrização do umbigo, situada na linha alba.
A maioria diminui de tamanho e desaparece sem tratamento assim que a cavidade abdominal passa a se desenvolver.
A hérnia umbilical adquirida do adulto é denominada, mais corretamente, hérnia paraumbilical. O saco herniário não protrude através da cicatriz umbilical, mas através da linha alba na região onde se encontra o umbigo.
As hérnias paraumbilicais vão aumentando gradativamente de tamanho até formarem tumorações pendulares.
O colo do saco herniário pode ser estreito, mas o corpo quase sempre contém alças intestinais (delgadas ou grossas) e o omento maior. Estas hérnias são muito mais comuns nas mulheres do que nos homens.
Quando encarcerada, observa-se ao exame como uma tumefação dura, dolorosa, irredutível. Aos esforços, como o da tosse, não se sente impulsão no dedo que palpa a região. É muito raro haver estrangulamento de uma hérnia umbilical em criança.
A hérnia estrangulada tem indicação exclusivamente cirúrgica. As reduções incruentas atraves de manobras digitais podem reduzir alcas necrosadas ou mesmo lesá-las no ato da redução.
A redução manual de uma hérnia só deve ser empregada quando se tem certeza de que o encarceramento não provocou lesões irreversíveis no conteúdo sacular, e só deve ser aplicada nas hérnias inguinais de forma descontínua e moderada.
A mortalidade em geral por hérnia estrangulada é de 12,4% para hérnia inguinal, 12,9% na hérnia femoral, 41,1% na hérnia umbilical e finalmente cerca de 15,7% no total dos casos. O óbito eleva-se para 46% quando a perfuração ocorre. A mortalidade é relativamente alta em crianças pela menor capacidade de resposta endocrinometabólica ao trauma.
Fonte: Cirurgia de Urgência - Vol. I - 2ª Ed. - 1994
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