Artigos de saúde

Câncer de mama

Equipe Editorial Bibliomed

Neste artigo:

- Introdução
- Fatores de risco
- Diagnóstico
- Tratamento
- Prevenção
- Referências

Introdução

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação de células anormais da mama, que formam um tumor. A primeira coisa a se considerar é que existem vários tipos de câncer de mama, sendo que alguns têm desenvolvimento rápido, e outros lentos.

Os tipos mais comuns de câncer de mama incluem:

Carcinoma Ductal In Situ (carcinoma intraductal): considerado não invasivo ou pré-invasivo.

Carcinoma Lobular In Situ: as células se parecem com as células cancerosas que crescem nos lobos das glândulas produtoras de leite, mas não se desenvolvem através da parede dos lobos.

Carcinoma Ductal Invasivo: é o tipo mais comum de câncer de mama, se iniciando em um duto de leite, rompendo a parede deste e crescendo no tecido adiposo da mama. Pode se espalhar para outras partes do corpo.

Carcinoma Lobular Invasivo: começa nas glândulas produtoras de leite e pode se espalhar para outras partes do corpo.

Existem, ainda, tipos especiais de carcinomas invasivos, como os carcinomas cístico adenoide; medular; metaplásico; mucinoso; tubular; micropapilar; papilífero e misto (tem características de ducal e lobular invasivo).

Alguns tipos raros de câncer de mama são: Câncer de Mama Inflamatório; Doença de Paget (começa nos ductos mamários e se dissemina para a pele do mamilo e para a aréola); Tumor Filoide (e desenvolve no tecido conjuntivo da mama); e Angiosarcoma (começa nas células que revestem os vasos sanguíneos ou vasos linfáticos).

Fatores de risco

Diversos fatores podem aumentar o risco de câncer de mama, sendo que estes podem ser comportamentais, hormonal ou reprodutivo, e genéticos ou hereditários.

Entre os fatores ambientais destacam-se a idade, pois mulheres mais velhas são mias propensas a desenvolverem a doença. Obesidade e sobrepeso após a menopausa, sedentarismo, consumo de bebidas alcoólicas e a exposição frequente a radiações ionizantes (raio-x).

Os fatores de histórico reprodutivo e hormonal incluem a menstruação precoce (antes dos 12 anos), menopausa (após os 55 anos), o uso de contraceptivos hormonais (estrogênio-progesterona) ou reposição hormonal. Mulheres que nunca engravidaram ou cuja primeira gravidez ocorreu após os 30 anos, além daquelas que não amamentaram também estão maior risco para a doença.

Por fim, fatores genéticos e hereditários incluem o histórico familiar de cânceres de mama e ovário, especialmente antes dos 50 anos, e histórico de câncer de mama em homens, além de alterações genéticas, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2. Mulheres que apresentam um ou mais desses fatores genéticos/hereditários são consideradas como tendo risco elevado para desenvolvimento de tumores mamários.

Diagnóstico

Quando se encontram alterações no exame físico, em exames de ultrassom ou mamografia, o médico solicita uma biópsia, na qual uma amostra da área suspeita é analisada e laudada por um patologista. A mamografia anual de rotina é recomendada para todas as mulheres a partir dos 40 anos de idade. Contudo, aquelas consideradas de alto risco com base em histórico familiar devem iniciar o rastreamento aos 30 anos.

Tratamento

O tratamento para o câncer de mama é determinado pelo especialista tendo como base o tipo e o estágio da doença.

Existem tratamentos locais (como cirurgia e radioterapia), e sistêmicos (quimioterapia, terapia alvo e terapia hormonal). A cirurgia é adotada na maior parte dos casos para a retirada do tumor, e é possível que os médicos optem por adotar mais de uma estratégia de tratamento.

As decisões sobre o tratamento devem ser discutidas entre médicos e paciente, sempre evidenciando os possíveis efeitos colaterais, para que a escolha seja aquela que melhor se adéqua às necessidade dos pacientes. Todo paciente pode, ainda, buscar a opinião de outros profissionais.

Métodos complementares e alternativos devem ser discutidos com o médico para que o tratamento não seja prejudicado.

A interrupção do tratamento, quando este não surte mais efeitos, pode ser considerado pelo paciente, especialmente nos estágios mais avançados da doença. Contudo, interromper o tratamento não impede a adoção de tratamentos paliativos para ajudar no controle da dor e dos sintomas.

Prevenção

O câncer de mama pode ser prevenido com a adoção de hábitos de vida saudáveis, como a prática regular de atividades físicas; uma dieta equilibrada e saudável; manutenção do peso ideal; evitar o consumo de bebidas alcoólicas; e amamentar.  Fazer o autoexame das mamas com frequência, consultar um médico ginecologista ao menos uma vez que ano.

Referências

Bibliomed

FEMAMA – Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama

INCA – Instituto Nacional do Câncer José de Alencar Gomes da Silva

Instituto Oncoguia

Ministério da Saúde

Copyright © 2018 Bibliomed, Inc. 21 de maio de 2018