Artigos de saúde
© Equipe Editorial Bibliomed
Neste Artigo:
- O que é o álcool ?
- O que é o Alcoolismo ?
- Níveis de uso e abuso de álcool
- Existe
tratamento para o alcoolismo ?
- Intervenção direta
no controle do etilismo
- Medidas de apoio
- Medidas preventivas
O Alcoolismo é uma doença crônica, progressiva e potencialmente fatal. Uma vez desenvolvida, a vítima perde controle de seus hábitos, com grande prejuízo da vida familiar e social.
A causa do alcoolismo parece ser a interação entre uma possível pré-disposição hereditária, os efeitos do álcool etílico (o ingrediente básico nas bebidas alcoólicas) e o uso do álcool como um meio de suportar os problemas que a vida oferece. O alcoolismo é um dos maiores problemas de saúde pública no Brasil.
O Álcool é um produto químico da família dos líquidos orgânicos. Três variedades são de interesse médico: etil (etanol, constituinte básico das bebidas alcoólicas), metil (metanol), e isopropil (isopropanol). Todos os eles são venenosos.
O metil é utilizado como loção para resfriar a pele, mas é extremamente venenoso quando ingerido ou inalado e pode causar cegueira, inflamação nervosa (neurite) e morte por paralisia dos músculos da respiração.
O álcool isopropil tem causado intoxicação aguda, convulsão, coma e morte em crianças devido à exposição prolongada aos vapores que emite.
As bebidas alcoólicas são as drogas de uso abusivo mais constante no mundo. Os efeitos do álcool podem potencializar os efeitos de alguns medicamentos, como alguns xaropes, pílulas para dormir, anti-alérgicos, tranqüilizantes e relaxantes musculares. Como resultado, um drinque pode ter o efeito de vários, causando sonolência e bebedeira. Isto é perigoso e pode ser fatal.
O álcool não deve ser ingerido por epilépticos pois pode ocasionar convulsões. Deve ser evitado durante a gravidez, por diabéticos e por pessoas com queixas de gastrite.
O álcool vicia e seu uso repetido freqüentemente resulta na necessidade de beber mais e mais para produzir intoxicação. O Abuso Alcoólico caracteriza-se por perda da sobriedade ou mistura do álcool com outras substâncias, sem existência de dependência química do álcool.
Os sintomas do abuso incluem prejuízo da coordenação, atitudes agressivas, redução da coordenação motora e da clareza nas decisões, desorientação, perda da memória e desidratação. Quanto mais a embriaguez se torna habitual e começa a interferir com os padrões de vida habituais da pessoa, mais este indivíduo está cruzando a linha que divide o abuso do álcool do alcoolismo.
Alcoolismo pode ser definido como a dependência química pelo álcool. Um dos principais sintomas do alcoolismo, e o que torna esta doença tão difícil de ser tratada, é a Negação. O dependente não admite para si ou para os outros a existência de qualquer problema com o álcool.
O bebedor crônico provavelmente atribuirá os problemas relacionados ao álcool a alguma outra causa. Membros da família e amigos em geral também negam o problema, ignorando os comportamentos destrutivos do alcoolista. Esta negação leva a uma piora das condições físicas e mentais do dependente.
A inflamação da mucosa do estômago (gastrite), os vômitos e a "ressaca" são quase inevitáveis. O álcool age como um depressor e reduz a auto-crítica e a ansiedade. No longo prazo, pode causar danos em nervos (neurite), fígado (cirrose), pâncreas (pancreatite) e músculo cardíaco (cardiomiopatia).
O álcool, também pode levar à deterioração mental (demência), hipertensão arterial, derrame cerebral, desnutrição e aumento do risco para câncer da cavidade oral, laringe, esôfago, estômago, intestino grosso, fígado e mama.
Níveis de uso e abuso de álcool
A tabela abaixo mostra os diversos níveis de uso e abuso do álcool. Você conhece alguém que se encaixa em algum deles?
Nível |
Características |
Bebedor moderado |
• menos de duas doses por dia. |
Bebedor em risco |
• mais de 14 doses por dia ou quatro doses de uma vez. |
Abuso de álcool |
um ou mais dos seguintes problemas relacionados ao álcool no período de um ano: • incapacidade de completar o trabalho ou outras obrigações
pessoais; |
Dependência do álcool |
o indivíduo apresenta três ou mais dos seguintes problemas relacionados ao álcool no período de um ano: • quantidades progressivamente maiores de álcool são necessárias
para produzir algum efeito; sintomas de abstinência; |
Existe tratamento para o alcoolismo ?
No passado, uma das barreiras para o sucesso do tratamento dos alcoolistas era o estigma social associado à doença. As pessoas não apenas relutavam a admitir que possuíam um problema com álcool, mas também raramente arriscavam-se ao embaraço de procurar ajuda. Este estigma tem diminuído bastante, em grande parte devido à conscientização de que o alcoolismo é uma doença como tantas outras, atingindo todos os tipos de pessoas e todas as idades.
As medidas para tratamento do alcoolismo podem ser divididas em 3 grupos principais: (1) medidas de intervenção direta no controle do etilismo, (2) medidas de apoio para manter-se livre do vício e (3) medidas preventivas para evitar a formação de novos dependentes.
Intervenção direta no controle do etilismo
Muitas técnicas inovadoras estão sendo utilizadas para controlar o alcoolismo e em geral aconselha-se supervisão médica para tratar doenças simultâneas. Podem ser usadas vitaminas para reparar o fígado e outras partes danificadas do organismo.
Pesquisas experimentais estão em andamento com o objetivo de diagnosticar os estágios mais precoces do alcoolismo, e alguns trabalhos científicos buscam as chaves da predisposição hereditária do alcoolismo.
Em todos os estágios do tratamento do dependente, a família desempenha um papel crucial na recuperação e manutenção da sanidade do indivíduo.
Os Alcoólicos Anônimos (AA) têm desempenhado um papel importante no tratamento do alcoolismo, acompanhando os dependentes no longo prazo, sendo vital na reabilitação destes indivíduos.
Os AA são uma organização internacional de alcoolistas e ex-alcoolistas que mantém encontros regulares, apoiando seus membros e compartilhando experiências com o álcool.
Os programas educacionais são vistos por muitos como cruciais a qualquer solução satisfatória para o problema do alcoolismo. Muitas escolas e organizações comunitárias estabeleceram programas para alertar as pessoas (especialmente os jovens) dos perigos do álcool.
Medidas legais, como a idade mínima de 18 anos para ingerir bebida alcoólica e o reforço de leis contra embriaguez em condutores de veículos, também são iniciativas válidas para tentar limitar o acesso ao álcool.
Copyright © 2010 Bibliomed, Inc. 02 de Dezembro de 2010
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