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Neste Artigo
O que é a depressão?
O que causa a depressão?
Quem apresenta
maior risco de desenvolver a depressão?
Como reconhecer a depressão
Tratamento
Um amigo ou
familiar está com depressão, o que fazer?
"A depressão representa uma das doenças mais comuns da era moderna, mas já é conhecida desde a antiguidade. É um mal que acomete homens, mulheres e crianças, de todas as etnias e classes sociais, mas é duas vezes mais comum nas mulheres. Sentimentos de infelicidade, inutilidade, culpa e vazio são normais e ocorrem em todas as pessoas após acontecimentos indesejáveis. Geralmente desaparecem algum tempo depois, não devendo ser encarados como depressão. Entretanto, deve-se ficar atento quando esses sentimentos se tornam graves e duram várias semanas".
A depressão é uma doença caracterizada por um estado de humor deprimido. A pessoa fica angustiada, desanimada, sente-se sem energia e uma tristeza profunda, às vezes acompanhada de tédio e indiferença. Quando os sentimentos são muitos e confusos, o indivíduo pode ter a impressão de que não tem sentimentos. As atividades normais do dia-a-dia passam a não ter mais importância e a pessoa passa a encarar até as tarefas mais simples como se fossem um grande esforço.
A vida perde a cor e a pessoa perde o interesse por tudo, inclusive seus hobbies preferidos, amigos e até o sexo. Há mudança do apetite (que pode aumentar ou diminuir), alterações do sono (sendo mais comum a insônia). Geralmente a pessoa deprimida prefere ficar isolada, num lugar onde possa ficar só. Assim, doença interfere com o trabalho e a vida da pessoa, podendo mudar até a maneira como o indivíduo pensa e/ou age.
A doença se manifesta quando há uma alteração na comunicação entre as células cerebrais, os neurônios, causando um desequilíbrio químico-fisiológico. Essa comunicação é realizada por substâncias chamadas neurotransmissores. No caso da depressão, são importantes duas dessas substâncias: a serotonina e a noradrenalina. Elas estão envolvidas em todos os processos responsáveis pelos sintomas da doença.
Na doença depressiva nem sempre é possível descobrir quais acontecimentos levaram ao seu desenvolvimento. Na maioria das vezes é uma doença com apresenta múltiplas causas, que interagem umas com as outras levando à sua apresentação clínica. Acredita-se que haja uma base hereditária, já que pessoas com história familiar de depressão apresentam maiores chances de desenvolver a doença. Associados a isso, podemos ter os seguintes fatores:
Acontecimentos na vida que levam a grande entristecimento: morte na família,
crise e separação matrimonial, menopausa, parto, etc
Modo de encarar a vida, de forma pessimista, negativista
Estresse
Problemas sociais como desemprego, solidão
Esses fatores citados acima podem desencadear a doença em pessoas predispostas ou então
levar por si só à depressão.
Quem apresenta maior risco de desenvolver a depressão?
Alguns indivíduos apresentam maior risco de desenvolver depressão, como por exemplo:
Pessoas que já tiveram depressão
Pessoas que têm familiares com depressão
Pessoas que convivem freqüentemente com eventos adversos
Pessoas com problemas de relacionamento
Aqueles que sofrem de isolamento social, como: idosos, desempregados,
marginalizados, minorias étnicas, mães solteiras
Doentes ou incapacitados
Mulheres nos 18 meses seguintes a um parto
Pessoas que abusam de drogas, medicamentos, álcool
Como dito anteriormente, os critérios para o diagnóstico da depressão baseiam-se principalmente na intensidade e duração dos sintomas. Em geral, os pacientes apresentam:
Sentimentos de inutilidade, desamparo ou falta de esperança
Humor depressivo ou irritabilidade, ansiedade
Dormir mais ou menos que o normal
Comer mais ou menos que o normal
Dificuldade em concentrar-se ou em tomar decisões
Perda de interesse em participar de atividades
Redução da libido (desejo sexual)
Recusa em estar com outras pessoas
Sentimentos exagerados de culpa, tristeza ou mágoa
Perda de energia ou sentimento de cansaço
Pensamentos de morte e suicídio
Importante lembrar que a depressão pode manifestar-se também por sintomas físicos, como dores de estômago, dores de cabeça, dores pelo corpo e nas costas, pressão no peito, entre outros.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a depressão tem cura. É importante que ao perceber os sintomas, a pessoa procure atendimento médico pois quanto antes for iniciado o tratamento mais rápido o doente voltará à sua vida normal. O tratamento pode ser realizado com o uso de antidepressivos, psicoterapia ou com a associação dos dois. É fundamental o apoio e a participação de familiares e amigos no sucesso do tratamento.
Os antidepressivos constituem um grupo de medicamentos que têm o objetivo de restabelecer o equilíbrio da comunicação dos neurônios. Atualmente temos vários tipos de antidepressivos, cada um com sua indicação específica. Alguns exemplos são:
Amitriptilina, nortriptilina, imipramina
Fluoxetina, paroxetina, sertralina
Os antidepressivos de um modo geral não causam sonolência, nem dependência e não precisam ser tomados para o resto da vida. Uma característica importante é que o início dos efeitos não é imediato, necessitando de um período de aproximadamente 3 a 4 semanas para começar a mostrar resultados. Da mesma forma, deve-se ter em mente que o tratamento da depressão é demorado, levando em média de 4 a 6 meses, podendo estender-se até um ano ou mais. Isso tudo vai depender da gravidade da doença e da resposta do paciente ao tratamento.
A psicoterapia é de extrema importância pois ajuda a pessoa a reconhecer a doença e que precisa de ajuda, e a identificar pontos importantes que possam ter contribuído para o desenvolvimento da depressão, ao mesmo tempo em que possibilita a elaboração de estratégias para driblar esses fatores. Associada aos antidepressivos, leva a excelentes resultados.
Um amigo ou familiar está com depressão, o que fazer?
Em primeiro lugar deve-se compreender que a pessoa não tem culpa de estar deprimida, e que ela não pode simplesmente sair dela. Tentar animar a pessoa deprimida, mostrando as coisas boas da vida, na maioria das vezes só piora as coisas. Você se sentirá frustrado e a pessoa deprimida se sentirá mais culpada ainda. Algumas atitudes, entretanto, podem ser extremamente úteis:
Escutar a pessoa deprimida: encorajar a pessoa a falar sobre seus sentimentos,
oferecer apoio; não tente resolver os problemas dela, apenas escute
Não critique, pois as pessoas deprimidas são muito sensíveis e isso pode
fazê-las desmoronar
Não tome a depressão do outro como sua culpa
Não pressione
Não assuma as responsabilidades dela
Não perca a paciência, a pessoa deprimida pode estar irritável
Ofereça simpatia e compreensão
Copyright © 2004 Bibliomed, Inc. 17 de Maio de 2004
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