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Neste Artigo:
- Infarto Sem Dor: Sinais e Sintomas
- Prevenção e Fatores de Risco
- Diagnóstico Mais Preciso
- O Infarto e a Mulher
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Tema
"As doenças cardíacas são, atualmente, as que mais matam pessoas no mundo
inteiro. Sabe-se que existem fatores hereditários na origem dessas doenças que são
agravados pela associação com os chamados fatores de risco. Os fatores hereditários só
poderão ser alterados, no futuro, com a Bioengenharia Genética. Em relação aos fatores
de risco, atualmente, cada pessoa deve e pode influir, preventivamente sobre: obesidade,
pressão arterial, falta de exercícios, nível de colesterol, fumo, álcool, diabetes,
etc".
Infarto Sem Dor: Sinais e Sintomas
Um estudo feito por pesquisadores em cerca de 1.600 hospitais americanos, concluiu que uma
em cada três pessoas que sofre um ataque cardíaco não sente dor no peito. Em certos
grupos de pacientes, como mulheres, diabéticos e idosos, a incidência do sintoma era
significativamente menor. Segundo John Canto, coordenador da pesquisa, pouca gente conhece
os outros indicativos de um infarto. O resultado é que o paciente demora mais para
receber o tratamento correto e o atraso pode ser fatal. Segundo ele, quem não sente as
dores corre duas vezes mais risco de morrer ao chegar ao ambulatório.
O infarto é a falta de circulação em uma área do músculo cardíaco, cujas células
morrem por ficarem sem receber sangue com oxigênio e nutrientes. Segundo Luiz Francisco
Ávila, cardiologista do Instituto do Coração (Incor), de São Paulo, a interrupção do
fluxo de sangue para o coração pode acontecer de várias maneiras. "A gordura vai
se acumulando nas paredes das coronárias, as artérias que irrigam o próprio coração.
Com o tempo, forma placas, impedindo que o sangue flua livremente. Assim, basta um espasmo
(provocado pelo estresse) para que a passagem da circulação se feche", diz o
médico. Outra possibilidade ocorre quando a placa cresce tanto que obstrui completamente
a passagem do sangue. Ou seja, o infarto pode acontecer por entupimento (quando as placas
de gordura entopem completamente a artéria, o sangue não passa). Assim, as células no
trecho que deixou de ser banhado pela circulação acabam morrendo.
Segundo o especialista, o principal sinal é a dor muito forte no peito, que pode se
irradiar pelo braço esquerdo e pela região do estômago. "Em primeiro lugar,
deve-se correr contra o relógio, procurando um atendimento imediato, pois a área do
músculo morta cresce como uma bola de neve com o passar do tempo", alerta Ávila.
Atenção para os sinais e sintomas de um possível ataque cardíaco:
1) uma pressão desconfortável no peito ou nas costas que demora mais do que alguns
minutos para ir embora.
2) a dor espalha-se para os ombros, pescoço ou braços.
3) A dor no peito vem acompanhada de tonturas, suor, náusea, respiração curta ou falta
de ar e sensação de plenitude gástrica.
Os médicos alertam que nem todos estes sintomas ocorrem em cada ataque. Algumas vezes
podem ir e voltar.
Prevenção e Fatores de Risco
Um estudo do cardiologista Carlos Scherr, autor do livro "Prepare seu Coração -
Como prevenir a Doença Coronariana", definiu os fatores de risco mais comuns nos
casos de doenças coronarianas. O trabalho foi desenvolvido com cerca de 2.500 pacientes
(idade média de 64 anos, sendo 69% homens) que passaram por infarto e foram submetidos à
cirurgia de revascularização (ponte de safena e/ou mamária) ou a angioplastia. "Os
principais fatores de risco são hipertensão arterial, tabagismo, história familiar de
eventos coronarianos, alterações de colesterol e o sedentarismo (definido como atividade
física realizada menos de 3 vezes por semana)", afirma Scherr. Segundo ele, notou-se
que tirando o cigarro às mulheres tem maior presença em todos os fatores comparados aos
homens. "Também achamos um maior acúmulo de risco em pacientes com menos de 55 anos
comparados aos com mais de 65 anos", diz.
Dados apontaram também que uma pessoa que possui dois ou mais destes fatores tem risco
aumentado de apresentar obstruções coronarianas. Segundo o médico, as mulheres e os
mais jovens em particular têm sinais marcantes de maior risco, o que permitiria um
diagnóstico mais precoce, evitando danos definitivos, retardando ou mesmo evitando a
doença. "Neste estudo percebemos ser possível, através da história clínica do
paciente e do exame físico, a identificação deste grupo mais vulnerável como um todo.
Estes dados servem de alerta para aqueles que não desejam desenvolver esta
patologia", explica Scherr.
Diagnóstico Mais Preciso
Um teste de sangue simples e barato pode revelar com mais precisão quem tem maior risco
de morrer de um ataque cardíaco. A pesquisa feita pela Universidade de Duke, nos Estados
Unidos, mostra que mesmo pequenas alterações na quantidade de uma enzima, a CKMB, podem
indicar lesão no coração. Segundo os pesquisadores, muitas vezes o exame clínico e o
eletrocardiograma não são suficientes para constatar se o paciente corre ou não risco
de infarto. A pesquisa mostrou que as dosagens de CKMB e de proponina (outra enzima) são
mais confiáveis nesses casos.
O Infarto e a Mulher
Segundo uma pesquisa publicada no jornal americano Heart, a saúde do coração feminino
varia com o ciclo menstrual. Durante as semanas imediatamente antes e depois da
menstruação, aumenta a ocorrência de dores no peito e infartos. A irrigação do
músculo cardíaco também diminui. A causa é a diminuição no organismo dos níveis de
estrogênio, hormônio que protege os vasos sanguíneos. Na realidade, a culpa é de uma
substância chamada homocisteína, considerada um agressor natural das artérias. Segundo
a pesquisa, a diminuição de estrogênio e o aumento de homocisteína prejudicam a
circulação e abrem caminho para que ocorram males cardíacos.
Copyright © Bibliomed, Inc. 25 de setembro de 2013.
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