Artigos de saúde
© Equipe Editorial Bibliomed
Neste artigo:
- Introdução
- Disfunção Sexual
- Sexualidade e Prazer
- Doenças
No dia dos Namorados deve ser um encontro de apaixonados e que com toda a certeza
serão trocadas juras de amor eterno e de recordar momentos felizes dos casais de todas as
idades. Esse dia como todos os outros ligados a datas especiais como Dia das Mães e o Dia do
Professor, por exemplo, despertam sentimentos contraditórios entre a população que presta e as
pessoas que devem ser atingidas pela homenagem
Os mais românticos, os mais sensíveis querem ser lembrados nesses dias especiais se
não com presentes, com pelo menos palavras de afeto ou carinhos. Os mais realistas, os
mais práticos dizem que tudo isso é comercio, é bobagem.
Mas o Dia dos Namorados é especial. Geralmente para os jovens, é um dia cercado de
uma mística romântica que não admite contestações. Para os mais maduros representa um
reencontro, quando existe um bom relacionamento, de momentos felizes que é sempre bom
lembrar.
Não há estatísticas a respeito mas é a oportunidade de exacerbar as paixões e
provavelmente de maior e mais intensas atividades sexuais.
Disfunção Sexual
E se na hora H, no ato da paixão um dos namorados falhar? Essa falha é chamada de
disfunção sexual
Aproximadamente um em cada três homens e, quatro em cada 10 mulheres, sofrem de algum
tipo de disfunção sexual. O primeiro estudo científico a explorar problemas sexuais dos
casais foi o Relatório Kinsey há 50 anos atrás.
Em 1999 a mesma equipe entrevistou
3.159 homens e mulheres. Essa última amostra foi escolhida com critérios estatísticos,
sendo representativa de 97% da população dos EUA, constatou que a maioria das pessoas
que experimentam dificuldades sexuais não procuram a ajuda dos médicos ou de educadores
sexuais.
Em geral, homens e mulheres casados têm menos problemas sexuais do que os solteiros;
entretanto, as mulheres tendem a ter problemas na juventude, sendo que 21% das mulheres
com idade entre 18 a 29 anos informam dor física durante a relação sexual, enquanto as
mulheres com 50 a 59 anos de idade têm apenas um terço da probabilidade de experimentar
dor.
Os problemas masculinos tornam-se mais acentuados com a idade. Os homens entre 50 a 59
anos de idade têm uma probabilidade 3,5 vezes maior de apresentar problemas para atingir
e manter uma ereção, do que os homens na faixa etária dos 18 aos 29 anos.
A escolaridade está ligada à satisfação sexual. As mulheres que não concluíram o
segundo grau tinham cerca de duas vezes mais probabilidade de ter falta de apetite sexual
(42%) do que as mulheres com nível universitário (24%). Os homens com nível de
escolaridade superior tinham menos probabilidade de ter ejaculação precoce do que
aqueles que não completaram o segundo grau (27% versus 38%).
O estresse demonstrou estar intimamente ligado a disfunção sexual. A perda de emprego
dá problemas sexuais, e os homens que perderam o emprego tendiam a ter dificuldades para
atingir manter uma ereção. Problema de saúde e abusos sexuais sofridos na infância
também estavam ligados à falta de satisfação sexual (libido).
As pessoas que relataram disfunção sexual tinham uma probabilidade menor de relatar
sentimentos gerais de felicidade, embora não esteja claro se a disfunção sexual causa
infelicidade ou vice-versa.
Porém os pesquisadores concluem que existe uma forte associação entre disfunção
sexual e uma pior qualidade de vida das pessoas, influenciando na sua felicidade
Sexualidade e Prazer
Na classificação dos distúrbios mentais adotadas pelos psiquiatras americanos
existem oito síndromes que identificam a disfunção sexual: desejo inibido, excitação
inibida, orgasmo feminino inibido, orgasmo masculino inibido, ejaculação precoce,
dispareumia funcional (presença de dor recorrente e persistente durante o ato sexual
tanto no homem como na mulher), vaginismo funcional (espasmo involuntário recorrente e
persistente do terço externo da vagina, impedindo a penetração) e disfunção sexual
atípica (masturbação compulsiva, freqüência de desejos desiguais no casal, e
fantasias sexuais muito exóticas).
De forma bem geral, para que a sexualidade tenha a sua atuação normal e que seja
uma manifestação de prazer inexplicável e irracional ocorrem vários fatores:
biológicos (anatômico, fisiológico – influência de medicamento, presença de
enfermidades, psicológicos, ambientais, de formação, de personalidade, emoções,
necessidades, etc.), cultural (valores), e social (incluindo os aspectos financeiros),
todos convergindo o sentido subjetivo do prazer.
Ou seja, mesmo que todos os aspectos
estejam "normais" em si, ainda restará a interpretação pessoal do que é
satisfação pessoal e interpretativa. As disfunções sexuais vêm
freqüentemente associadas à depressão, aos transtornos neuróticos, às dificuldades de
adaptação, sentimentos de culpa e hostilidade, e de medo de não ser aceito, entre os
outros. O idoso com mais de 65 anos de idade já tem o declínio sexual complicado pelas
doenças e ação dos medicamentos.
Doenças
Outro problema que atinge e aflige os namorados são as doenças transmitidas durante o
ato sexual que antes eram chamadas de doenças venéreas e que agora tem o nome de
Doenças Sexualmente Transmissíveis, abreviadas para DST.
Nos Estados Unidos, estimativas apontam que cerca de 12 milhões de novos casos de
doenças sexualmente transmissíveis (DST) ocorrem anualmente, sendo esse o mais alto índice
entre os países industrializados. O custo global da infecção transmitida por via sexual
é estimado de modo conservador em 17 bilhões de dólares ao ano. Só para ser ter uma
idéia desse montante, todo sistema de Saúde do Brasil, incluindo consultas, cirurgias,
partos, acidentes, vacinação e etc gastou em 1999, 10 bilhões de dólares.
As DST são um grande problema de saúde pública, em todo o mundo mas podem ser
prevenidas e controladas. Desde o fim da década de 1980, várias alterações
relacionadas às DST ocorreram nos Estados Unidos e, segundo as estatísticas, observou-se:
1) diminuição da incidência geral da DST em toda a nação mas o aumento da
concentração geográfica em certas cidades grandes e relativamente pobres de sífilis e
gonorréia
2) identificação da alta prevalência da infecção por clamídia e seus graves
impactos na saúde das mulheres.
3) reconhecimento de que a prevalência de DST causada por vírus (herpes genital, AIDS,
papilomavírus humano e hepatite B) ultrapassa em muito o ônus das DST de origem
bacterianas(gonorréia, sifilis, etc)na população geral;
4) reconhecimento de que a infecção pelo papilomavírus humano é uma das principais
causas de câncer cervical;
5) aumento da transmissão heterossexual do HIV (vírus da Aids) facilitada pela
co-infecção por outras DST;
6) evidências incontestáveis de que o controle abrangente e consistente das DST na
comunidade previne a transmissão do HIV da Aids;
7) demonstração de que o abuso de álcool e drogas está correlacionado com
comportamento sexual não seguro;
8) aparecimento de novos métodos de diagnósticos das DST, modificação no
comportamento das pessoas em relação ao sexo devido as DST e aparecimento de novos
tratamentos para a AIDS, prolongando a vida desses pacientes;
9) crescimento das organizações de saúde que oferecem uma estrutura organizacional
que pode facilitar o desenvolvimento de controle e prevenção de DST.
Bem agora melhor informados, os namorados podem dar asas a paixão e ao sexo, sempre
lembrando que o momento fugaz de prazer não deve ser um perigo para a futura saúde
física nem mental.
Sexo seguro, com camisinha, previne a DST, a gravidez e permite, se bem trabalhado o
comportamento do casal, uma cura da disfunção sexual.
Copyright © 2017 Bibliomed, Inc. Publicado em 07 de junho de 2017.
Veja também