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Amizades virtuais devem ser valorizadas

20 de dezembro de 2011 (Bibliomed). É fato que muitas pessoas passam a maior parte do dia em frente a um computador, e, com o surgimento das redes sociais o círculo de amizades virtuais tende a aumentar. Ao contrário do que possam pensar os mais conservadores, que teimam em dizer que o computador não substitui a experiência face a face, pesquisa realizada na Universidade de São Paulo (USP) afirma que é possível conhecer alguém e manter uma amizade autêntica através do computador.

"Há uma mudança da concepção da amizade neste início de século 21. A amizade é um relacionamento que se dá cada vez mais no âmbito do compartilhamento e troca de idéias”, afirma Lívia Azevedo, responsável pelo estudo. "O amigo não é necessariamente aquele que está ao lado, mas alguém com quem o estar junto se dá por meio de uma conversa, da troca de opiniões, experiências e concepções de pensamento".

De acordo com Lívia, as amizades virtuais, assim como as convencionais, favorecem o aumento da reflexão e da ação das pessoas a partir das falas dos outros. Dessa forma, a amizade virtual não deve ser considerada “menor”, mas apenas uma nova maneira de estar junto.

Para realização a pesquisa, a autora utilizou a etnografia virtual, ou seja, Lívia conheceu e conversou com pessoas através da internet. A pesquisadora diz que esperava conversas curtas e abreviadas, mas se surpreendeu com o resultado das entrevistas virtuais, que duravam, em média, 1h45.

"As conversas me mostraram que as relações podem ser duradouras e que há autenticidade afetiva nelas. Também, as novas tecnologias favorecem o encontro entre as pessoas", revela. As entrevistas revelaram que algumas dessas pessoas mantinham projetos profissionais e artísticos com amigos virtuais, além de a interação permitir maior expressão de opiniões.

Fonte: Diário da Saúde, 19 de dezembro de 2011

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