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Homens com asma vão ao hospital apenas em casos mais graves, sugere estudo

16 de junho de 2010 (Bibliomed).  Um estudo recentemente publicado na revista especializada Gender Medicine indica que, entre as pessoas asmáticas, as mulheres procuram atendimento médico com muito mais frequência que os homens e, geralmente, apresentam sintomas menos graves quando vão ao hospital. Os resultados acrescentam mais evidências a diversos estudos que indicam que as mulheres, de certa forma, são mais cautelosas em relação à saúde, o que acaba refletindo em sua maior expectativa de vida.

De acordo com os pesquisadores, a prevalência de asma nos Estados Unidos é não apenas maior do que a maioria dos outros países, como também varia bastante entre diversos grupos populacionais. Entretanto, a variação entre gêneros ainda seria pouco explorada em pacientes com asma admitidos em hospitais e unidades de saúde.

Avaliando um total de 590 mil adultos com asma que foram atendidos por hospitais americanos no período entre os anos de 2002 e 2005, os pesquisadores observaram que a grande maioria era de mulheres - 440 mil, contra apenas 150 mil homens -, e os homens, geralmente, estavam piores no momento da internação. “Embora fossem menos propensos a serem admitidos no hospital, os homens tinham mais chances de serem admitidos em uma emergência e a experimentar piores resultados, comparados às mulheres”, destacaram os pesquisadores.

Os resultados indicaram, ainda, que as mulheres eram, em média, mais velhas (48,5 anos, contra 44,6 dos homens), ficavam mais tempo internadas (3,4 contra 2,8 dias), e representavam mais custos totais do que os homens. Além disso, elas tinham duas vezes mais chances de precisarem de uma traqueostomia, e 12% mais chances de passarem por uma broncoscopia. Os homens, por sua vez, eram submetidos, com mais frequência, à análise de gases no sangue e tinham mais chances de serem entubados, além de sua maior probabilidade de entrarem em uma unidade de emergência e de terem 69% maior risco morrerem durante a hospitalização.

Fonte: Gender Medicine. Maio de 2010.

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