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Concentração de flúor em estação de tratamento de água deve ser fiscalizada de perto

22 de Abril de 2003 (Bibliomed). Adicionar flúor à água usada para o abastecimento público é uma estratégia simples, prevista por lei, que chega a reduzir o aparecimento de cáries em 30 a 80%, inclusive em crianças e adultos de classes sócio-econômicas mais baixas. Entretanto, esse processo deve ser rigorosamente controlado, já que o flúor em concentração muito baixa não surte efeito e em concentração muito alta pode causar fluorose, doença em que os dentes ficam manchados e se desgastam com facilidade.

Apesar do consumo de água adequadamente tratada com flúor ser comprovadamente uma poderosa ferramenta para a promoção da saúde bucal, as estações de tratamento não estão seguindo as exigências da legislação. Uma pesquisa realizada pela Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) mostrou, por exemplo, que a água tratada na estação que abastece o município de Niterói (RJ) apresenta teor de flúor inferior ao recomendado.

De janeiro a dezembro de 2000, a equipe de Lucianne Cople Maia coletou e examinou quinzenalmente amostras de água tratada na estação. Os resultados desse trabalho revelaram que 96% das amostras apresentavam concentração de flúor inadequada. O teor do elemento na água variou de 20 vezes menos a duas vezes mais que o ideal, sendo que a média da concentração de flúor nas amostras se aproximou da metade do recomendado. O baixo teor de flúor encontrado, em média, na água distribuída em Niterói deve servir de alerta para a necessidade de um controle mais rigoroso do processo de fluoretação em todo o país.

Os resultados do trabalho foram publicados pela escola Nacional de Saúde Pública (Ensp), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na edição mais recente da revista Cadernos de Saúde Pública.

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