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Bebês morrem na Argélia depois de tomarem vacina e hantavírus mata no Paraná

Belo Horizonte, 28 de Dezembro de 2001 (Bibliomed). Sete bebês morreram e dezenas foram hospitalizados no povoado de Oued el Abtal, perto da cidade de Mascada, na Argélia. As mortes e internações aconteceram depois que doses de uma vacina contra o sarampo foram ministradas. As sete crianças, com idade entre 3 e 18 meses, tiveram morte imediata, ainda no centro de saúde onde tomaram a vacina e os outros bebês foram internados em estado grave em hospitais da região.

A suspeita é de que o prazo de validade da vacina estivesse vencido. Em conseqüência da tragédia, o Ministério da Saúde e de População daquele país proibiu novas vacinações enquanto não for confirmada a causa da morte das crianças. Uma equipe de epidemiologistas foi enviada ao local para investigar o caso.

No Paraná, outras duas pessoas morreram, esse mês, com suspeita de terem sido contaminadas pelo hantavírus. Segundo Elizabete Lira, responsável pela Divisão Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Guarapuava, os exames laboratoriais só deverão ficar prontos no início de janeiro mas as suspeitas de que se trata mesmo de uma hantavirose são fortes.

Um dos rapazes mortos tinha 19 anos e o outro, 20. Eles foram internados no Hospital São Vicente quando apresentavam estágio avançado da doença. Os dois trabalhavam no corte de pinus e moravam em condições precárias, o que permitia o acesso do hospedeiro do vírus que causa a doença, o rato silvestre.

Segundo Elizabete, ainda falta muita informação na região para que as famílias construam suas casas de acordo com as orientações dos agentes de saúde. Como as habitações são rasteiras, os ratos têm acesso livre para procurar alimento dentro das casas, contaminando o local e a própria comida. Outro problema é que os infectados só procuram socorro médico tardiamente, porque os sintomas da doença são parecidos com os de uma gripe forte.

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