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Pesquisa revela que orientação médica ajuda na prática de atividade física

Belo Horizonte, 16 de Agosto de 2001 (Bibliomed). Difícil convencer um sedentário a praticar atividade física. Os médicos costumam recomendar a prática de pelo menos 30 minutos de exercícios moderados várias vezes por semana, mas ainda desconhecem um método eficaz que convença a pessoa a sair definitivamente da inatividade.

Uma nova pesquisa, no entanto, demonstrou que os conselhos médicos e de profissionais de saúde podem obter sucesso.

Em um estudo de dois anos feito com adultos sedentários, os pesquisadores conseguiram colocar as pessoas em movimento com programas de educação física e orientação médica. O esforço educativo intenso pareceu funcionar principalmente com as mulheres.

A pesquisa acompanhou um grupo de 900 adultos saudáveis, entre 35 e 75 anos de idade. Dois anos após o início das recomendações e orientações, até 30% dos homens e 26% das mulheres conseguiram atingir a meta mínima de exercícios. Cerca de 1% a 2% atingiram a meta ainda no início dos trabalhos.

As mulheres se saíram melhor com a intervenção mais intensa, enquanto os homens responderam bem ao aconselhamento médico. Cerca de 20% dos adultos norte-americanos praticam atividades físicas diárias durante 30 minutos.

As diretrizes do departamento de saúde norte-americano orientam os médicos a perguntarem aos pacientes sobre hábitos de exercício, oferecendo aconselhamento sobre formas de melhorar os níveis de atividade.

Durante a pesquisa, os pacientes foram divididos em três grupos: um recebeu aconselhamento padrão sobre os exercícios, além de material educativo dos médicos; outro recebeu o mesmo tratamento, acrescido de aconselhamento inicial com um educador de saúde e de correspondência regular com o educador; o terceiro grupo recebeu todos os procedimentos anteriores, além de chamadas telefônicas periódicas dos educadores e aulas semanais sobre a prática da atividade física.

Nas mulheres, os dois programas mais intensos melhoraram a resistência cardiovascular durante dois anos de trabalho.

Em homens, não houve diferença significativa em condicionamento físico. Em todos os grupos, a performance masculina melhorou logo no início dos trabalhos. Ao fim de dois anos, no entanto, os resultados chegaram a níveis semelhantes aos registrados antes do início dos trabalhos.

Segundo a equipe de Denise Simons-Morton, do Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue, de Bethesda, em Maryland/EUA, os resultados sugerem que as mulheres podem se beneficiar de esforços mais rigorosos enquanto os homens respondem melhor ao aconselhamento e a material educativo.

Apesar das evidências dos benefícios da atividade física para a saúde, os médicos norte-americanos só aconselham uma minoria dos pacientes sobre ela. Um recado importante que deve ser repassado pelos médicos aos pacientes é que os exercícios não precisam ser rigorosos a ponto de obrigar à rotina de freqüentar academias.

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