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Exames em Jovens Ajudam Médicos a Detectar Futuro Fumante

18 de Janeiro de 2001 (Bibliomed). Algumas simples perguntas no consultório pediátrico podem identificar fumantes adolescentes antes deles se tornarem dependentes, sugerem resultados de um estudo.

Os jovens parecem levar a sério os alertas dos médicos, mas não existem recomendações de como detectar o fumo adolescente para pediatras, afirmaram pesquisadores na edição de janeiro de Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine.

Agora, os cientistas descobriram que um pequeno questionário, em conjunto com um teste de urina, pode não só identificar fumantes, mas também descobrir que adolescentes são fumantes regulares e quais estão só experimentando o cigarro.

Esse método pode permitir que os médicos detectem o fumo adolescente antes que ele se torne um vício, de acordo com Irwin Benuck e sua equipe, da Escola de Medicina da Universidade Northwestern, em Chicago, Illinois.

No estudo, 124 estudantes do ensino médio preencheram um questionário sobre fumo e fizeram teste de urina para cotinina, um marcador do fumo que ajuda a diferenciar entre pessoas que fumam muito e pouco.

Benuck e sua equipe descobriram que dois terços dos adolescentes não fumavam, 10 por cento eram fumantes regulares e 23 por cento experimentaram o cigarro. Somente o questionário identificou 92 por cento dos fumantes regulares, de acordo com o estudo.

Além de separar fumantes e pessoas que experimentaram o cigarro, o questionário também descobriu alguns detalhes do fumo entre os adolescentes. Por exemplo, fumantes e pessoas que experimentaram o cigarro começaram a fumar quando tinham 12 ou 13 anos, em média.

A maioria dos estudantes disse que seus amigos fumantes eram a razão para terem começado a fumar. E 85 por cento dos fumantes regulares tinham um membro da família que fumava, em comparação a 39 por cento das pessoas que experimentaram o cigarro e 27 por cento dos não-fumantes.

De acordo com Benuck e sua equipe, os pediatras podem reduzir o fumo entre adolescentes detectando aqueles que estão experimentando o cigarro antes deles se tornarem dependentes.

"Embora as causas primárias do fumo ainda sejam sociais e a dependência de nicotina seja difícil de tratar, os médicos continuam sendo os portadores mais confiáveis da mensagem antifumo", afirmaram os pesquisadores.

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