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Cruz Vermelha Admite Ter Falhado no Combate à Aids

NAIRÓBI, Quênia (Reuters) - A Federação Internacional da Cruz Vermelha admitiu na quinta-feira ter falhado em fazer o suficiente para combater a Aids, que deve ceifar várias vidas na África na próxima década.

Além disso, para marcar o Dia Mundial da Aids, que acontece na sexta-feira, a Cruz Vermelha admitiu que cerca de 100.000 de seus voluntários têm a doença.

"A Cruz Vermelha nasceu nos campos de batalha do século 19, mas nem mesmo os horrores da guerra no século 20 podem ser comparados com a perda de vidas que veremos na África na primeira década desse novo milênio por causa da pandemia de Aids", disse Bekcle Geleta, chefe na África para o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (ICRC, na sigla em inglês).

A Cruz Vermelha disse que mobilizaria dois milhões de voluntários nos 53 países da África. A organização pediu 10,5 milhões de dólares em doações para um novo programa de 10 anos da Cruz Vermelha africana.

A ONU (Organização das Nações Unidas) disse que a África sub-saariana tem 25,3 milhões dos 36,1 milhões de pessoas em todo o mundo infectadas com o HIV.

Quase um em cada 10 adultos africanos tem o vírus e 3,8 milhões de crianças e adultos foram infectados com o HIV só neste ano.

Cerca de 2,4 milhões de africanos morreram de doenças relacionadas à Aids nos últimos 12 meses, elevando o total de mortes no continente para mais de 15 milhões -- mais de três quartos do total mundial.

Sinopse preparada por Reuters Health

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