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Uso de paracetamol materno ou no bebê parece não aumentar o risco de asma na infância

11 de dezembro de 2014 (Bibliomed). Pesquisas anteriores levantaram a suspeita de que o uso do paracetamol pela mãe durante a gravidez e/ ou no início da vida de um bebê pode estar associado com o desenvolvimento de asma na vida da criança.

Mas um novo estudo, conduzido na Universidade da Austrália, em Melbourne, analisou dados de 11 estudos realizados anteriormente sobre a potencial ligação entre o uso de paracetamol por mulheres grávidas e durante os dois primeiros anos de vida de uma criança - um momento crítico no desenvolvimento de pulmões jovens.

Apesar de os estudos encontrarem uma ligação entre paracetamol e asma na infância, a associação foi muito mais fraca depois de que os investigadores levaram em conta as infecções do trato respiratório (resfriados, gripe) durante a infância. Os  autores do estudo disseram, assim, que as infecções respiratórias durante a infância, provavelmente, desempenham um papel muito mais importante no desenvolvimento da asma posteriormente, e não há necessidade de alterar as atuais recomendações sobre o uso de paracetamol.

Conclui-se que as evidência de uma associação entre o uso precoce de paracetamol e asma é muitas vezes exagerada, e não há atualmente evidências suficientes para apoiar mudanças nas diretrizes no uso deste medicamento.

Os resultados sugerem que o paracetamol não é um importante fator de risco para asma na infância, de acordo com o estudo, que foi publicado em 25 de novembro na BMJ.

Fonte: BMJ, news release, Nov. 25, 2014.

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