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Cigarros mentolados podem comprometer o tratamento do tabagismo

26 de agosto de 2014 (Bibliomed). Um recente estudo publicado na edição online da revista Addiction foi realizado para avaliar as relações do uso de cigarros mentolados com medidas de sucesso na interrupção do tabagismo, em um grande estudo de eficácia comparativo (CET).

Os participantes foram direcionados aleatoriamente para uma das seis condições de tratamento; além disso, todos os participantes receberam seis sessões de aconselhamento individual.

Foram selecionados 1.504 fumantes adultos que fumavam pelo menos 10 cigarros por dia, durante os últimos 6 meses e que relataram estar motivados a deixar de fumar. A amostra de análise foi composta de 1.439 participantes: 814 brancos que não fumavam cigarro com mentol, 439 brancos que fumavam cigarro com mentol, e 186 afro-americanos (AA) fumantes de cigarro com mentol. Foram muito poucos os fumantes de cigarro não-mentolados AA (n = 16) a serem incluídos nas análises. A intervenção se baseou no uso de nicotina oral, adesivo de nicotina, bupropiona de liberação sustentada, adesivo de nicotina + nicotina oral, bupropiona + nicotina oral, e placebo.
Em análise de abstinência para o tratamento do tabagismo, o uso de mentol foi associado a uma menor chance de interromper o tabagismo, quando comparado com o uso de cigarros sem mentol. Além disso, entre os fumantes de mentol, as mulheres afro-americanas apresentaram alto risco de fracasso no tratamento, em relação às mulheres brancas.

Concluindo, fumar cigarros mentolados parece estar associado com um menor sucesso no tratamento do tabagismo, especialmente em mulheres afro-americanas.

Fonte: Addiction 2014; DOI: 10.1111/add.12661.

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