Saúde e Nutrição

Refrigerante: um perigo para a saúde!

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Em 1676, em Paris, uma empresa misturou água, suco de limão e açúcar, criando o primeiro refrigerante. Naquela época, ainda não existia a tecnologia para gaseificar a água. Foram necessários quase 100 anos até que Joseph Priestley conseguisse criar a tecnologia que permitiu acrescentar gás carbônico em líquidos, em 1772, mas foi somente em 1830 que essas bebidas começaram a ser comercializadas.

Naquela época, os farmacêuticos tentavam associar tônicos e xaropes a bebidas gaseificadas, e foi assim que John Pemberton criou a Coca-Cola, que foi comercializada em farmácias com o intuito de ajudar na digestão. No Brasil, o refrigerante passou a ser comercializado em 1941, sendo produzido em Recife. Hoje, estima-se que o brasileiro consome, em média, 61 litros de refrigerante por ano.

Mais de três séculos depois, essas bebidas estão longe de serem usadas como medicamentos. Pelo contrário, elas são associadas a diferentes doenças, como obesidade, diabetes e cânceres.

Refrigerantes são ricos em açúcares. Para se ter uma ideia, uma lata de refrigerante pode ter cerca de dez colheres de açúcar, o que causa o aumento dos níveis de açúcar no sangue e diminui a ação da insulina. Com isso, a pessoa sente fome mais rapidamente, come mais e, consequentemente, engorda.

Refrigerantes têm elevada quantidade de ácido fosfórico, que diminui a capacidade do estômago produzir o ácido gástrico, dificultando a digestão. Para compensar, o organismo passa a usar o cálcio que seria absorvido para ajudar na digestão, ocasionando o enfraquecimento de ossos e dentes. Além disso, os rins ficam sobrecarregados, pois precisam eliminar o cálcio não absorvido, aumentando o risco de pedras nos rins.

Geralmente ricos em sódio e cafeína, os refrigerantes levam a um aumento gradual na pressão arterial, e as substâncias químicas utilizadas em sua fabricação têm sido associadas a um aumento no risco de câncer no sistema digestivo.

Falar para uma pessoa parar de tomar refrigerante é fácil, mas na prática, isso pode ser uma tarefa bem difícil. Isso porque refrigerantes têm cafeína e açúcar, duas substâncias com potencial de causar dependência no organismo. Além disso, o refrigerante faz parte da cultura brasileira, estando presente em festas e no dia a dia de muitas famílias.

Apesar de difícil, deixar de consumir não é impossível. Pode-se optar por sucos naturais de frutas sem açúcar, especialmente o limão, que é rico em vitaminas, flavonoides e fibras, ajudando na saciedade. Outra opção são os chás gelados, também sem adoçar, e as águas saborizadas.

Isolda Vasconcelos, nutricionista*.

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*Isolda Vasconcelos é nutricionista, pós-graduada em Fitoterápicos e em Obesidade e Emagrecimento pelo Hospital Albert Einstein.

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