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Estudo Confirma que Exercício é Eficaz Contra Depressão

Por Alan Mozes

NOVA YORK (Reuters Health) - Exercícios podem ser tão eficazes quanto medicamentos para combater a depressão, sugerem pesquisadores.

"Pessoas que estão preparadas para assumir um compromisso e podem se mobilizar e começar a se exercitar de verdade podem esperar o mesmo tipo de resultado benéfico que elas conseguiriam com outros tipos de tratamento", disse Steve Herman, da Universidade Duke, em Durham, Carolina do Norte.

Herman e sua equipe dividiram 156 pacientes com mais de 50 anos que sofriam de depressivo grave em três tratamentos: um grupo se exercitava três vezes por semana, num total de 45 minutos, o segundo grupo tomava sertralina (Zoloft) e o terceiro grupo era adepto de ambos.

Após quatro meses, os pesquisadores descobriram que todos os pacientes tiveram uma queda significativa nos sintomas da depressão -- com diferenças muito pequenas do efeito terapêutico entre os três grupos.

Entre 60 a 70 por cento dos pacientes de todos os grupos não se encaixavam mais no critério de distúrbio depressivo grave na época de conclusão do estudo. As descobertas estão relatadas na edição de setembro e outubro de Psychosomatic Medicine.

Nos próximos seis meses de acompanhamento, os cientistas se concentraram em 83 pacientes cuja depressão apresentou melhoras ao final do estudo. Eles descobriram que os pacientes do grupo de exercícios estavam mais propensos a continuar a se restabelecer parcial ou completamente do que aqueles do grupo que recebeu medicamento.

Os pesquisadores destacam que menos de dez por cento dos pacientes que praticaram exercícios tiveram recaída -- comparados a quase 40 por cento dos pacientes tomando remédio e mais de 30 por cento dos pacientes em medicação e exercícios.

Herman e sua equipe concluem que os exercícios são uma alternativa viável e, pelo menos, igualmente efetiva ao tratamento médico tradicional com drogas.

Em entrevista à Reuters Health, Herman alertou que as descobertas precisam ser confirmadas por estudos futuros.

"Precisamos acompanhar como os exercícios provocam esse efeito", disse Herman. "Foi um resultado dos exercícios por si só ou o apoio social que eles tiveram de se comprometer em um grupo que em muitos casos se torna uma fonte importante de amparo emocional?"

Sinopse preparada por Reuters Health

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