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Crack Mata 1 a Cada 5 Usuários, Revela Pesquisa da Unifesp

Por Matthew Harris

RECIFE (Reuters Health) - O crack pode matar 20 por cento de seus usuários num prazo de cinco anos, segundo pesquisa da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O levantamento realizado pelo Departamento de Psiquiatria da instituição analisou 131 usuários de crack hospitalizados entre 1992 e 1994.

Passados cinco anos, apenas 124 deles foram localizados, sendo que, destes, 23 tinham morrido por causa da droga. Dos demais, 16 estavam presos, 30 continuavam usando regularmente a droga e 50 tinham conseguido deixar o crack ao longo desses cinco anos.

De acordo com Marcelo Ribeiro de Araújo, psiquiatra e autor do estudo, 66 por cento dos usuários não receberam nenhum atendimento médico nem seguiram tratamento depois da primeira internação.

"A pesquisa mostra claramente que o usuário de crack vai de um extremo a outro", explicou o médico em declaração à imprensa.

"Ou o indivíduo conseguiu livrar-se sozinho do vício ou morreu num prazo extremamente curto", informou o pesquisador.

O grupo de estudo era formado por maioria de homens (88 por cento), com menos de 30 anos de idade (70 por cento), solteiros (75 por cento) e brancos (76 por cento).

Sinopse preparada por Reuters Health

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