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16 de março de 2012 (Bibliomed). A eritropoietina é um hormônio produzido no rim e utilizado na medicina para tratar a anemia. Agora, pesquisadores da Faculdade de Medicina da universidade de São Paulo (FMUSP) descobriram que a substância pode ser usada para tratar a sepse (infecção em grau avançado).
A médica Camila Rodrigues explica que atualmente o principal tratamento para a sepse é feito com antibióticos e soro para manter a pressão arterial em caso de choque séptico, considerado o pior tipo de sepse.
O estudo focou-se no Ativador Contínuo do Receptor da Eritropoietina (CERA, sigla em inglês), e os resultados mostraram que essa funciona por um período maior no organismo quando comparada à eritropoietina pura.
Justamente por durar por mais tempo no organismo, é que a CERA pode se mostrar a melhor alternativa de tratamento. “O paciente que usa a eritropoietina precisa de três doses semanais. Já com o CERA é possível tratar o paciente anêmico com uma dose por mês”, afirma Camila.
O CERA também tem potencial no tratamento da anemia. O hormônio eritropoietina já é utilizado em pacientes anêmicos portadores de doença renal crônica. “Ela tem como propriedades a capacidade de inibir a morte celular em alguns casos, além de ser capaz de aumentar a pressão arterial e modular o sistema imunológico, com possível ação de inibição de atividade inflamatória”, explica a médica.
Camila lembra que a principal vantagem do uso da eritropoietina é o fato de que seus efeitos colaterais já são conhecidos, o que faz com que a substância possa ser usada para tratamento de outras doenças de forma segura.
Fonte: Agência USP. 14 de março de 2012.
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