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23 de junho de 2011 (Bibliomed). A doença de chagas afeta cerca de 20 milhões de pessoas em toda a América Latina. Somente no Brasil, o número de vítimas pode chegar a até 5 milhões e as estatísticas mostram que a incidência da doença é crescente. Entre os anos de 2005 e 2008, 453 novos casos foram registrados.
A doença de Chagas é transmitida através do inseto chamado Barbeiro. Dentre as pessoas infectadas, apenas 60% desenvolvem a doença, que se não tratada pode ser fatal. Os medicamentos utilizados no controle da doença apresentam muitos efeitos colaterais e são pouco eficazes no estágio avançado dessa condição. Nos 40% restantes dos casos, a doença provoca um inchaço no esôfago, intestino ou coração.
Dirceu Rodrigues de Almeida, professor de cardiologia na UFESP, afirma que desde 2008 o número de novos pacientes infectados só aumentou. “Em 2010 foram 300 novos casos na região Norte. Caiu a contaminação pelo barbeiro, mas aumentou por ingestão oral, como o consumo de açaí e caldo de cana com as fezes do inseto, é a chamada Doença de Chagas Aguda”.
Devido a esses problemas, a 1ª Diretriz Latino-Americana sobre Doença de Chagas será um dos temas de debate apresentados no XXXII Congresso daSociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, realizado entre os dias 23 e 25 de junho de 2011 na capital do estado.
De acordo com Almeida, a nova diretriz pode trazer novos benefícios para a área, ajudando no diagnóstico da doença e na qualidade de vida o paciente. “A Diretriz servirá para orientar os médicos brasileiros que muitas vezes só diagnosticam Chagas quando a doença está em estágio avançado, e que precisam estar alertas para os sintomas precoces, antes que se instale a insuficiência cardíaca. Embora a moléstia não tenha cura, os tratamentos disponíveis como o marcapasso e até mesmo o transplante prolongam a vida do paciente por muitos anos”, afirma.
Fonte: DOC Press Comunicação – SOCESP 20 de junho de 2011
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