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09 de março de 2011 (Bibliomed). Os medicamentos utilizados atualmente para tratar o Mal de Parkinson apenas controlam os sintomas da doença, sem impedir que a doença continue se desenvolvendo. “Agora, quando você recebe o diagnóstico de Parkinson, você pode esperar ter um declínio constante na habilidade motora. Enquanto remédios como o L-Dopa são muito importantes para a geração da dopamina no cérebro e tornar a movimentação possível, esses remédios têm pouco impacto na contínua deterioração dos próprios neurônios dos pacientes”, explica o Dr. Curt Freed.
Ele e o Dr. Wenbo Zhou desenvolveram um estudo na Universidade do Colorado (EUA) que mostra que o fenilbutirato pode ativar o gene DJ-1 que protege os neurônios que produzem a dopamina. Esse gene também tem outras funções. Ele pode aumentar a produção de antioxidantes, o que reduz os efeitos debilitantes que o excesso de oxigênio tem no cérebro. Além disso, o DJ-1 ajuda as células no processo de eliminação de proteínas que se acumulam e matam os neurônios.
Para testar os efeitos do fenilbutirato, os cientistas colocaram a substância nos bebedouros de ratos geneticamente programados para desenvolver Parkinson. Com o tratamento, os animais não apresentaram piora nas suas funções mentais e puderam se movimentar normalmente. Os cérebros dos ratos não acumularam a proteína causadora do Parkinson. Os outros ratos, que não receberam o fenilbutirato mostraram declínio em funções motoras e tiveram seus cérebros danificados pelo acúmulo de proteínas.
Não se sabe ainda se a substância pode ser usada no tratamento em humanos, e as pesquisas de Freed e Zhou continuam. Os pesquisadores estão testando outros medicamentos que possam ser usados para ativar o DJ-1, já que o fenilbutirato precisa ser ingerido em grandes doses – 16 g (ou 32 comprimidos) diariamente.
Zhou e Freed acreditam que sua descoberta traz esperança para pacientes com Parkinson. “Se nós pudermos dizer a alguém que a partir de hoje nós podemos impedir a piora da sua doença, isso seria verdadeiramente uma realização verdadeiramente significante”.
Fonte: EurekAlert! 8 de março de 2011
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