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04 de março de 2011 (Bibliomed). O trauma de um aborto espontâneo pode durar anos. É o que aponta estudo publicado na versão on-line do British Journal of Psychiatry. Segundo os pesquisadores, a experiência de abortar é tão traumática para algumas mulheres que essas podem desenvolver problemas mentais, mesmo depois do nascimento de uma criança saudável. "Nosso estudo mostra que o nascimento de um bebê saudável não resolve os problemas de saúde mental que muitas mulheres experimentam depois de um aborto ou natimorto", diz Emma Robertson Blackmore, autora da pesquisa.
O estudo é importante para aprimorar os métodos de diagnóstico de depressão pré e pós-natal. “A perda da gravidez anterior não é geralmente tida em conta nesse processo, da mesma forma como outros fatores de risco como história familiar de depressão, eventos estressantes da vida ou falta de apoio social”, afirma Blackmore. A depressão materna acarreta em impactos negativos tanto para mãe, quanto para família e para a criança.
"Se oferecermos um apoio específico durante a gravidez para mulheres que já perderam um bebê, podemos melhorar a saúde tanto das mães e seus filhos”, ressalta Emma. Nos Estados Unidos, cerca de um milhão de mulheres passam pela experiência de um aborto espontâneo ou têm filhos que nascem mortos anualmente. Dessas, entre 50% e 80% engravidam novamente.
Fonte: British Journal of Psychiatry, 03 de maço de 2011