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Estudo associa asma e esquistossomose

23 de fevereiro de 2011 (Bibliomed). Conde, uma cidadezinha no interior da Bahia virou destaque na reunião da Sociedade Americana para Avanço da Ciência. Isso porque estudos realizados por Kethleen Barnes, da Johns Hopkins, apontaram para a existência de ligações genéticas entre a incidência do parasita responsável pela esquistossomose e a freqüência de doenças respiratórias, como a asma.

De acordo com o estudo, quanto mais expostos à esquistossomose, menor a incidência de asma. Ao se tratar a doença parasitária, os índices de asma subiam sem uma explicação aparente. Durante dez anos a equipe de pesquisadores acompanhou a população de Conde e descobriu que o responsável por esse paradoxo está no anticorpo Imunoglobulina E (IGE).

O IGE é responsável por combater parasitas no corpo, mas, na ausência desses, acaba por desencadear doenças respiratórias e alérgicas. A população de Conde, segundo os pesquisadores, é geneticamente predisposta a ter altos níveis de IGE no organismo. Agora, os cientistas querem descobrir quais são os genes responsáveis por regular esse mecanismo.

A Dr. Kethleen apresentou a teoria que chamou de “Hipótese da Higiene”. Essa sugere que a melhoria das condições de vida e a urbanização praticamente erradicaram as doenças parasitárias, mas, por outro lado, aumentaram os índices de doenças alérgicas e autoimunes. "Não podemos advogar a volta das péssimas condições de vida, mas sim entender a relação entre os dois fenômenos, que moléculas os causam e com isso criar novos medicamentos," afirma a pesquisadora.

Fonte: Advancing Science Serving Society, 18 de fevereiro de 2011

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