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Estudo indica mecanismo de proteção do azeite contra o câncer de mama

01 de julho de 2010 (Bibliomed). Pesquisadores da Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha, anunciaram, neste mês, a descoberta de um mecanismo pelo qual o azeite de oliva extra-virgem - ao contrário de outros óleos vegetais - pode ajudar a proteger contra o câncer de mama. Em artigo na revista Carcinogenesis, os cientistas descrevem a completa “cascata de sinais” dentro das células tumorais na mama provocada pelo azeite, e destacam que os benefícios incluem a redução da atividade de um gene causador de câncer chamado p21Ras, mudanças nos mecanismos de sinalização de proteínas específicas, o estímulo da morte das células doentes e a proteção do DNA contra danos.

Parte de um projeto de 20 anos, o estudo foi realizado com um modelo experimental animal em laboratório, comparando o efeito o azeite de oliva com o do óleo de milho. E demonstrou que o azeite de oliva estaria associado com maior incidência de tumores benignos na mama, ao mesmo tempo em que reduzia a atividade do gene causador do câncer, suprimindo a proliferação descontrolada das células e o crescimento dos tumores.

De acordo com os autores, uma dieta rica em gorduras está diretamente relacionada com a incidência do câncer. Alguns tipos de gordura, entretanto, parecem ter um papel protetor contra o desenvolvimento de tumores. Seria o caso do azeite de oliva - um ácido graxo monoinsaturado que contêm diversos compostos bioativos, como antioxidantes -, cujo consumo regular está associado com menores incidências de alguns tipos de câncer, como o de mama, e de doenças cardiovasculares.

Após diversas pesquisas para entender esses mecanismos e os efeitos das gorduras nas células tumorais - identificando genes e processos associados à proteção do azeite de oliva contra alguns tipos de câncer -, os pesquisadores anunciaram o início de um novo estudo com linhas de células humanas.

Fonte: Universitat Autònoma de Barcelona. Press release. 30 de junho de 2010.

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