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27 de julho de 2009 (Bibliomed). Cientistas da Escola de Medicina de Yale, nos EUA, descobriram que a redução dos níveis de uma enzima no cérebro pode diminuir o apetite e aumentar os níveis de energia. Segundo os pesquisadores, a descoberta desse mecanismo da enzima prolilcarboxipeptidase (PRCP) poderia oferecer elementos para o desenvolvimento de uma nova droga para combater a obesidade e as doenças associadas.
Em testes com ratos, a redução dos níveis da enzima no cérebro dos animais levou à perda de peso e a uma diminuição do risco de diabetes tipo 2. A equipe descobriu que a PRCP está localizada no hipotálamo e regula os níveis do hormônio alfa-MSH, que inibe o apetite e estimula o gasto de energia. E o bloqueio da PRCP resultou em maiores níveis do hormônio e menor apetite.
Os pesquisadores colocaram os roedores que tiveram a enzima removida em dieta com 45% de gordura – o equivalente a comer fast food todos os dias –, e, mesmo assim, esses ratos não ganharam tanto peso quanto os roedores “não-modificados” que mantiveram a sua alimentação normal.
Na edição de agosto do Journal of Clinical Investigation, os pesquisadores destacaram que o estudo oferece “as primeiras evidências de que a quebra das moléculas no cérebro que regulam o metabolismo é um importante componente no controle de peso”. “Nossas descobertas oferecem um possível novo alvo para o desenvolvimento de drogas de controle dos distúrbios do metabolismo, como a obesidade e o diabetes tipo 2”, ressaltou a pesquisadora Sabrina Diano, autora principal do estudo.
De acordo com a equipe de cientistas, os resultados são animadores e muito importantes para o combate à epidemia de obesidade, porém mais estudos são necessários para confirmação e para entender como a enzima é regulada.
Fonte: The Journal of Clinical Investigation. Agosto de 2009.
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