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‘Comer por dois’ pode trazer consequências negativas para mãe e bebê

26 de maio de 2009 (Bibliomed). As gestantes devem ser melhor orientadas sobre o conselho de “comer por dois”. De acordo com um novo estudo da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, as grávidas que consomem calorias extras, assim como frituras e laticínios, seriam mais propensas a ganhar mais peso do que o recomendado, aumentando os riscos de complicações, como a pré-eclâmpsia e a necessidade de cesariana, e de a criança se tornar obesa mais tarde.

O recomendado é que uma mulher com índice de massa corporal normal ganhe em torno de 15 kg durante a gestação. E o estudo com mais de 1,3 mil mulheres indicou que ingerir apenas 500 calorias extras por dia aumenta a probabilidade de a gestante ganhar 10% mais peso.

O estudo da Universidade da Carolina do Norte traz alguns alertas para as gestantes. Por exemplo, as frituras devem ser evitadas, pois a ingestão de apenas uma porção por dia aumenta em quatro vezes os riscos de ganhar peso em excesso. Além disso, o consumo de laticínios, mesmo os desnatados, também pode ser um “inimigo da balança” no caso das gestantes.

Segundo os especialistas, o ideal não é comer muito, mas comer bem. "Se você cuidar de si mesma, é bom para você e para seu bebê", destacam os pesquisadores. Mulheres em dietas vegetarianas no início da gravidez, por exemplo, têm a metade dos riscos de ganhar uma quantidade não-saudável de peso, e o consumo de mais gordura monoinsaturada, encontrada no azeite de oliva e nozes, estaria associado a menos riscos de ganhar peso em excesso.

Os resultados da pesquisa indicaram também que as gestantes que se exercitam com vigor por 30 minutos todos os dias reduzem em 20% as chances de ganhar muito peso, mostrando a importância da prática de atividades físicas para a saúde de mãe e bebê.

De acordo com os pesquisadores, pode parecer óbvio que dieta e exercícios reduzem as chances de ganhar muito peso na gravidez. Mas “parte do problema é que os médicos não aconselham as mães sobre o ganho de peso”. E há diversos estudos mostrando a importância desse aconselhamento.

Fonte: University of North Carolina at Chapel Hill School of Medicine. 25 de maio de 2009.

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