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Estudo aponta aumento nas taxas de remoção da mama nos últimos anos

11 de maio de 2009 (Bibliomed). As taxas de mastectomias – cirurgia de remoção completa da mama – para o tratamento de câncer de mama em estágios iniciais estão aumentando, segundo estudo apresentado em abril no Simpósio da Sociedade Americana de Doenças da Mama. “Após o teste NSABP B-06, em 1985, a conservação da mama foi promovida como a abordagem cirúrgica preferencial para câncer de mama em estágio inicial. Porém, diversos estudos recentes têm sugerido que as taxas de conservação da mama estão em declínio”, destacaram os autores.

Analisando dados de quase 3,2 mil pacientes com câncer de mama, tratadas no período entre 1997 e 2007, os especialistas notaram uma tendência de aumento das cirurgias extração da mama em cânceres iniciais. E mais mulheres que recebem aconselhamento genético estariam optando pela mastectomia bilateral (retirada das duas mamas).

Os resultados indicaram que as taxas de mastectomia unilateral (retirada de uma mama) declinaram no período entre 1997 e 2003 em 1,6% ao ano. Porém, após o ano de 2003, houve um aumento anual de 3,8% na realização desse procedimento.

Em relação às taxas de mastectomias bilaterais, houve um aumento de 0,5% por ano no período entre 1998 e 2002, e de 2,3% por ano de 2003 a 2007. As taxas permaneceram fixas durante o período de estudo para as pacientes que passaram por ressonância magnética pré-operatória; mas aumentaram a uma taxa de 4,3% ao ano, após 2003, para aquelas que tiveram aconselhamento genético, alcançando uma taxa absoluta de 21% em 2007.

Segundo os autores, o aumento no uso de ressonância magnética pré-operatória contribui para o crescimento dos números absolutos da remoção da mama. E “a excelente proteção contra um segundo câncer de mama e melhorias significativas na reconstrução da mama podem cumprir um papel na decisão das pacientes”, ajudando a explicar a maior opção pela remoção.

Fonte: ASBD 33rd Annual Symposium. 03 de abril de 2009.

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