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Papa Diz a Cientistas que Clonagem é Moralmente Inaceitável

ROMA (Reuters) - O papa João Paulo disse na terça-feira que louvava a dedicação da ciência em preservar a vida humana, mas descreveu como "moralmente inaceitável" qualquer forma de clonagem de embrião humano ou comercialização de transplantes de órgãos.

Discursando numa conferência internacional sobre técnicas de transplante, o papa disse que o respeito pela vida humana deveria ser o princípio fundamental que determina o limite da experimentação científica.

"Todo procedimento médico aplicado no ser humano é sujeito a limites: não apenas limites sobre o que é tecnicamente possível, mas também limites determinados pelo respeito pela natureza humana", disse o pontífice de 80 anos num raro discurso público.

"Não é só porque é tecnicamente possível que algo é moralmente admissível", acrescentou.

Observadores do Vaticano disseram que o discurso de 20 minutos foi inusitado porque o papa decidiu sair de seu retiro de verão só para fazê-lo.

Seu discurso coincide com o debate étnico surgido com a decisão da Grã-Bretanha, tomada no início do mês, de permitir a clonagem de embriões humanos para propósitos de pesquisa.

Joaquin Navarro-Valls, porta-voz do papa, disse a jornalistas que o papa decidiu fazer o discurso por considerar o assunto de extrema importância.

"Os transplantes são um grande passo adiante no serviço que a ciência oferece ao homem, e não são poucas as pessoas que hoje devem suas vidas a transplantes de órgãos", disse o papa para uma multidão de 2.000 cientistas, pesquisadores, sacerdotes e católicos.

" (Mas) qualquer procedimento que tende a comercializar órgãos humanos ou a considerá-los como itens de troca ou comércio deve ser considerado moralmente inaceitável", ele acrescentou.

Sinopse preparada por Reuters Health

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